A morte de Andréia Rodrigues, de 42 anos, em Pouso Alegre, tem levantado dúvidas. A família da vítima contesta a versão inicial de que ela teria ateado fogo em si mesma e acusa o companheiro, Reginaldo José da Silva, de 53 anos, de ser o responsável pelo crime.

Segundo o Boletim de Ocorrência, Andréia teria dito à equipe médica que colocou fogo em seu corpo. No entanto, a irmã Daniela Rodrigues apresenta uma versão diferente, baseada no relato do pai do companheiro da vítima, que presenciou a discussão do casal. Ela afirma ainda que gravou a conversa.

“O pai dele escutou um barulho, como uma pancada na cabeça, e depois gritos. Ele disse que o companheiro de Andréia ameaçou ‘agora você vai ver’, e logo depois sentiu cheiro de fumaça e encontrou a vítima em chamas”, relata Daniela.

Daniela contesta que Andréia possa ter dito à equipe médica que ateou fogo em si mesma. “Ela estava desacordada, com o rosto deformado e queimado. Não teve como ela conversar com ninguém”, afirma.

A irmã de Andréia também revela que ela e o companheiro eram usuários de drogas. Amigos e familiares da vítima relataram nas redes sociais um histórico de agressões entre o casal, com fotos e vídeos que comprovam as lesões.

A Polícia Civil investiga o caso e busca por provas que confirmem ou refutem as diferentes versões. A família de Andréia pede justiça e que o caso seja investigado como feminicídio.