Cidade natal de alguns atletas de renome, Pouso Alegre está prestes a receber infraestrutura para formar uma legião deles nos próximos anos. O município foi selecionado para receber um investimento milionário da segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal, o PAC 2. Trata-se de um Centro de Iniciação Esportiva (CIE) de grandes dimensões para a prática de esportes de alto rendimento. Cerca de R$ 3,6 milhões serão investidos no prédio de 3,7 mil m² de construção e 7 mil m² de área. A estrutura é chamada pelo governo federal de “maior projeto de legado de infraestrutura esportiva dos Jogos Olímpicos e Jogos Paraolímpicos do Rio 2016.

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O anúncio foi feito nesta terça-feira (10) pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em Brasília. Projetados para localidades carentes, onde terão a missão de garimpar novos talentos, os centros esportivos são padronizados. Atendem às atuais necessidades esportivas com dimensões oficiais que comportam 13 modalidades olímpicas (atletismo, basquete, boxe, handebol, judô, lutas, tênis de mesa, taekwondo, vôlei, esgrima, ginástica rítmica, badminton e levantamento de peso), seis paraolímpicas (esgrima de cadeira de rodas, judô, halterofilismo, tênis de mesa, vôlei sentado e goalball) e uma não-olímpica (futsal). O centro de Pouso Alegre será o maior da região.

Pouso Alegre foi contemplada com o maior dos três modelos propostos pelo governo federal, o modelo III. Ele comporta um ginásio poliesportivo com arquibancada para 195 pessoas, área de apoio para administração, sala de professores e técnicos, vestiários, chuveiros, enfermaria, copa, depósito, academia, sanitário público e pista de atletismo. “Estávamos ansiosos por este anúncio. Com esse centro, vamos poder dar aos nossos jovens a melhor estrutura possível para desenvolver seus talentos. É mais um grande investimento do governo federal em Pouso Alegre que vai criar novas possibilidades para os pouso-aelgrenses”, comemora o prefeito Agnaldo Perugini.

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Escolha

Aldo Rebelo cumprimentou prefeitos e prefeitas por terem encontrado, dentro do prazo, um terreno livre de qualquer impedimento jurídico para o pleno uso na construção dos CIEs. “O Ministério do Esporte vai oferecer toda a assistência e acompanhar passo a passo para ajudar as prefeituras a superar as dificuldades e as adversidades na construção desse equipamento para que sejam entregues à população antes das Olimpíadas”, infirmou.

CEI

A função social dos centros também foi lembrada pelo ministro. Além de equipamentos multiuso voltados para identificação de talentos e formação de atletas, a infraestrutura dos centros servirá de incentivo à prática esportiva em territórios de alta vulnerabilidade social. De acordo com Aldo Rebelo, as cidades receberão um equipamento planejado, com medidas oficiais e o melhor material para a construção e espaço para a prática das modalidades. “Eles estão destinados a treinar o atleta de alto rendimento e também a fornecer a prática de atividade física de lazer, educacional ou de entretenimento”, pontuou.

Incluído no PAC 2, o CIE se soma a outro programa do PAC igualmente destinado a ampliar a infraestrutura para a prática de esportes – a construção de 6 mil quadras e cobertura de mais 4 mil em escolas públicas brasileiras. Ainda como conceito de extensão do ambiente escolar, o centro se conecta a outros programas do governo federal, o Atleta na Escola, o Mais Educação e o Segundo Tempo, todos com atividades de iniciação em modalidades olímpicas e paraolímpicas. Ele comporá a Rede Nacional de Treinamento que está sendo estruturada pelo Ministério do Esporte. O projeto conta com um investimento total de R$ 967 milhões do Orçamento Geral da União, que serão destinados a 263 municípios.