Aos 57 anos, "Bandolim" morreu vítima de infarto. Foto: Esporte Pouso Alegre / Carlos Manoel
Aos 57 anos, “Bandolim” morreu vítima de infarto. Foto: Esporte Pouso Alegre / Carlos Manoel

Pouso Alegre perdeu na sexta-feira (11) um dos maiores incentivadores do esporte da história da cidade. Claudionor de Oliveira e Silva, conhecido como Bandolim, morreu aos 57 anos vítima de infarto. O enterro aconteceu na manhã do sábado (12), no cemitério municipal de Pouso Alegre.

Bandolim era proprietário do ginásio poliesportivo Joaquim Moises, no centro da cidade. Definido como uma pessoa humilde, generosa e que amava o que fazia, Bandolim serviu de exemplo pra muitos jovens da cidade.

Carta de agradecimento:

A carta de agradecimento reproduzida abaixo foi escrita pelo jornalista esportivo Carlos Manoel em seu site, o EPA:

O esporte de Pouso Alegre está em luto. Na última sexta-feira (11), a Terra do Mandu perdeu mais uma pessoa que dedicou a sua vida ao futebol e ao futsal: Claudionor de Oliveira e Silva, o Bandolim, faleceu aos 57 anos, vítima de infarto. O ex-treinador que sempre buscou apoiar e incentivar os jovens de sua cidade a seguir no mundo do esporte, acabou indo além. Generoso, Bandolim procurava ensinar valores importantes para a vida.

Mesmo que de forma simples, o ex-treinador mostrou a centenas de pousoalegrenses qual o caminho deveriam seguir, sempre com humildade e honestidade. Ele sabia que o cidadão fora de campo, ou de quadra, é o espelho daquele atleta dentro das quatro linhas. Bandolim poderia até não ter ideia da importância que tinha na vida desses jovens, mas todos eles sabiam o quanto era bom vê-lo andando em sua bicicleta, ora carregando uniformes e bolas, outrora com a chave de seu ginásio.

E foi no poliesportivo que leva o nome de seu pai, Joaquim Moises, o Quinzinho, que o ex-treinador passou os últimos anos de sua vida. Desde o princípio, quando as marcações da quadra ainda eram feitas com giz, Bandolim conseguia reunir os melhores atletas de futsal da cidade. Depois de centenas de jogos e milhares de gols marcados, com a quadra já pintada além de estrutura impar, os mesmos atletas seguiam por lá.

Era impossível ir uma vez naquele local e não voltar mais. O ginásio tinha um imã, uma energia que atraia pessoas do bem, assim como o Bandolim, que fazia daquele lugar o seu mundo. O que será desse poliesportivo daqui em diante ainda não se sabe, mas nele (e dele) ficam as boas lembranças, como os jogos que só terminavam empatados, para gosto do ex-treinador. Lembranças dos caçulinhas gelados, muitos deles que deixaram de ser pagos, pois ele mesmo não se importava em cobrar. Lembranças dos amigos e dos papos de boleiros.

Bandolim vai deixar saudade no esporte de Pouso Alegre e principalmente em todas as pessoas que conviveram com ele, seja em casa, no campo, ou na quadra. No entanto, esse sentimento nostálgico será dividido com o de gratidão. A cidade de Pouso Alegre, o esporte pousoalegrense, os familiares e amigos vão se lembrar para sempre de tudo aquilo que ele fez, dos ensinamentos dentro e fora das quatro linhas. Obrigado, Bandolim.

– Por Carlos Manoel / EPA