Professores fazem manifesto contra derrubada da lei 100. Foto: Daniela Ayres
Professores fazem manifesto contra derrubada da lei 100. Foto: Daniela Ayres

Um grupo de professores da Escola Estadual Vinícius Meyer foi para a frente da Superintendência Regional de Ensino de Pouso Alegre no final da tarde de hoje (03). O impacto da lei 100 foi o principal motivo do protesto. Os professores também reclamam de falta de estrutura na instituição, localizada no bairro São Geraldo.

“Essas lágrimas”, disse a professora de Geografia Margarett de Cássia Franco, apontando para a pintura feita no rosto, “são pela falta de condições para mantermos um ensino de qualidade na escola. Faltam carteiras, cadeiras, profissionais de apoio. Não temos um psicopedagogo, um supervisor no turno da noite. Muitos tablets enviados pelo governo de Minas para o Reiventando o Ensino Médio sequer funcionam mais”, declarou a professora.

Nesta quarta-feira, três escolas da cidade paralisaram as aulas em apoio aos servidores efetivados pela lei 100 e que serão exonerados. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, SindUTE, há 1,2 mil profissionais nessa situação na região, 300 apenas em Pouso Alegre. No Vinícius Meyer, 34 educadores podem perder seus cargos até o ano que vem.

A lei 100 foi homologada em 2007 pelo governo de Minas e efetivou, sem concurso público, 98 mil servidores, a maioria ligada à Educação. Há uma semana, o Supremo Tribunal Federal julgou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, Adin, contra a lei e determinou que os servidores fossem exonerados.