Atualização: Depois de articulação com vereadores da base, pedido de CPI fica parado na assessoria jurídica

A câmara de Pouso Alegre deve votar na sessão desta quinta-feira (08) a abertura de uma CPI para investigar sobre os supersalários pagos a três médicos que prestam serviço na cidade. O caso, denunciado pelo Jornal Tribuna e pela emissora de TV EPTV Sul de Minas, mostrou vencimentos de até R$ 72 mil em um único mês para um dos profissionais. Só em fevereiro, Maria do Carmo Borges, Wanderclayton Bueno e Ricardo Chácara teriam custado mais de R$ 160 mil aos cofres públicos.

Através de sua assessoria de imprensa, o prefeito Agnaldo Perugini disse ter ficado surpreso com os valores recebidos pelos médicos. Perugini também afirmou que o pagamento dos médicos estão suspensos e que pediu a abertura de uma investigação interna sobre o caso.

Em nota, a prefeitura informou que os médicos Maria do Carmo Borges, Ricardo Chácara e Wanderclayton Bueno dos Santos, são concursados e recebem bem mais do que a remuneração básica. Pelo contrato de trabalho, um médico deve ganhar entre R$ 12 mil e R$ 15 mil por mês para cumprir 10 plantões de 12 horas. Ainda segundo a prefeitura, nos plantões que excederem dez horas, já com 50% de adicional, ainda deve ser pago R$ 880 mais o adicional noturno, no caso de plantão nesse horário.

Procurados pela imprensa desde terça-feira, tanto os médicos quanto o secretário de saúde não quiseram dar entrevista ou não foram encontrados.

Situação seria irregular

Por lei, os rendimentos dos servidores municipais não podem ultrapassar os do prefeito municipal, o que torna esta situação irregular e contra a Constituição Federal.