Segundo a prefeitura, legalmente a integridade da via ainda seria da Copasa
Segundo a prefeitura, legalmente a integridade da via ainda seria da Copasa

A Prefeitura de Pouso Alegre ainda aguarda a prestação de contas da Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a Copasa, acerca dos gastos e da execução das obras da Avenida Vereador Herbert de Campos, que passa sobre o Dique 2. A obra foi realizada pela empresa como pagamento de uma dívida de R$ 22 milhões originada de uma multa aplicada por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O acordo judicial foi firmado com o município por intermédio do Ministério Público, em novembro de 2009, como compensação a danos ambientais causados à cidade por atrasos em obras de saneamento. A prestação de contas formaliza a entrega da obra à Prefeitura e o cumprimento do TAC.

Enquanto as informações não chegam, o município está fazendo vistorias periódicas na pista e tem solicitado reparos pontuais em alguns trechos. Acionada pela Prefeitura esta semana, a Copasa contratou uma empresa para recapear alguns pontos da Ciclovia. “Por enquanto, a obra não foi entregue formalmente à Prefeitura. Legalmente, a empresa ainda é responsável pela integridade da via”, esclarece o secretário de Obras, Wellington Serra.

Desafogo

A avenida foi aberta ao tráfego no dia 30 de abril. Desde então, a rota Centro-Sul ganhou mais uma alternativa de tráfego. A Herbert de Campos desafogou a Avenida Vereador Antônio da Costa Rios, trecho que concentrava o maior volume de tráfego no município, chegando a forma longos congestionamentos nos horários de pico. Está em curso na Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito o estudo que vai quantificar essa mudança, mas a melhora é visual. “Já percebemos nitidamente o aumento da fluidez naquela região. O estudo que estamos fazendo vai nos dar uma medida precisa de como foi essa evolução e nos ajudará a planejar a redistribuição das linhas de transporte coletivo”, informa o chefe da pasta, Marcos Aurélio.

A avenida começou a ser construída em outubro de 2012, três meses após a conclusão do sistema de contenção de cheias conhecido como Dique 2, que hoje serve de estrutura de base para a avenida. Tem extensão de 2,2 quilômetros, pista dupla de 8 metros de largura, canteiro central, ciclovia e uma ponte com extensão de 60 metros. Ao todo, foram investidos no dique de contensão de cheias e na via R$ 35,8 milhões. Os recursos vêm dos cofres municipais e do governo federal. Completa o investimento, a multa paga pela Copasa em cumprimento ao TAC firmado com o município.