Formada para apurar os possíveis pagamentos de supersalários para os médicos da Secretaria de Saúde de Pouso Alegre, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encerrou os trabalhos na segunda-feira (2) e divulgou o relatório final nesta terça-feira (3).

O relatório, lido durante a sessão, foi arquivado. A CPI decidiu, por três votos a dois, que os profissionais Vanderclayton Bueno, Richarco Chácara e Maria do Carmo Borges vão continuar trabalhando no sistema de saúde do município.

De acordo com a relatoria da Câmara dos Vereadores, não houve provas suficientes para exonerá-los do cargo, já que muitos documentos da CPI ainda estão com a Justiça. No final do relatório, há declarações dos médicos que confirmaram o recebimento apenas da parte que lhes cabiam no salário. Eles informaram ainda que repassavam o restante para a médica Maria do Carmo Borges, que era encarregada de distribuir o dinheiro a outros profissionais.

Os três votos a favor do arquivamento da CPI os vereadores da base, Gilberto Barreiro (PMDB), Dulcineia Costa (PV), e Mario de Pinho (PT). Foram contrários ao relatório, os vereadores da oposição, Hamilton Magalhães (PTB) e Adriano Braga (PTN).

Votaram a favor do relatório apresentado: Ver. Gilberto Barreiro (PMDB), Mario de Pinho (PT) e Dulcineia Costa (PV).
Votaram a favor do relatório apresentado: Ver. Gilberto Barreiro (PMDB), Mario de Pinho (PT) e Dulcineia Costa (PV).
Votaram contra o relatório os vereadores: Hamilton Magalhães (PRB) e Adriano Braga (PTN).
Votaram contra o relatório os vereadores: Hamilton Magalhães (PRB) e Adriano Braga (PTN).

Por meio das redes sociais, o vereador Hamilton Magalhães informou que enviará um documento ao MP e à Polícia Federal solicitando que seja ressarcido o erário e que as secretárias envolvidas sejam responsabilizadas. O vereador afirmou não concordar com o relatório apresentado por não existir documentos que comprovem que o pagamento dos salários depositados nas contas dos três médicos era realmente repassado aos 40 médicos mencionados.

Já o vereador Adriano da Farmácia, informou em entrevista a EPTV, que muitas transferências e repasses informadas na CPI não se encaixavam.

O prefeito Agnaldo Perugini já havia admitido que o repasse era uma forma irregular, mas que deveria ser investigado se houve bom ou mau uso do dinheiro público.