Ao menos 28 suspeitos foram detidos pela Polícia Civil. Imagem: Reprodução TV Rio Sul
Ao menos 28 suspeitos foram detidos pela Polícia Civil. Imagem: Reprodução TV Rio Sul

Uma investigação da Polícia Civil apontou que criminosos que fugiram das favelas do Rio de Janeiro teriam se instalado em Pouso Alegre e Juiz de Fora. Devido à localização, as cidades teriam sido escolhidas como ponto estratégico para comércio e estoque de drogas.

Na quinta-feira (15), a Polícia Civil de Pouso Alegre deu apoio a Polícia Civil do Estado na tentativa de localizar um dos chefes do PCC, José Arimatéia Lima, conhecido como Lima. No entanto, ele e outros integrantes do grupo não foram localizados na cidade. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em um sítio da cidade.

De acordo com as investigações, desde o início do ano passado, Pouso Alegre e Juiz de Fora eram utilizadas como ponto estratégico para comercialização e estoque das drogas. “Elas eram células importantes da quadrilha, tendo em vista a área estratégica que elas ocupam entre Rio e São Paulo”, contou o promotor Fabiano Oliveira, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio. A atuação do tráfico contribuiu para que a violência saltasse nas duas cidades no ano passado.

As investigações começaram há cerca de um ano, com a prisão de traficantes que denunciaram a quadrilha. Com a implantação de UPPs em favelas do Rio, um grupo de traficantes migrou para o interior fluminense. Como estavam sem drogas, armas e dinheiro, pediram auxílio a traficantes paulistas. “Eles fizeram uma dívida com o PCC, mas ela não foi paga e, então, o grupo paulista assumiu o controle do bando”, contou o promotor.

Ao todo, a operação ‘Adren’ já prendeu 28 criminosos, nenhum em Pouso Alegre.