No vídeo é possivel ouvir mãe fazendo ameaça a médica. Reprodução EPTV
Em vídeo é possível ouvir mãe fazendo ameaça a médica. Reprodução EPTV

O atendimento no pronto-socorro do bairro São Geraldo foi interrompido na tarde desta terça-feira (9) após uma confusão entre uma mãe e uma médica. A mãe, que esperava atendimento para o filho de 1 ano e 3 meses, tentou agredir a médica pediatra de plantão no local após esperar cerca de meia hora para ser atendida.

Segundo a mãe, Laysa Kelly de Souza Menezes, relatou no Boletim de Ocorrência, depois de 30 minutos na espera, ela teria visto a médica na recepção vendo uma revista de roupas.

Mãe disse que ficou nervosa por demora em atendimento do filho de 1 ano (Foto: Edson Oliveira / EPTV)
Mãe disse que ficou nervosa por demora em atendimento do filho de 1 ano (Foto: Edson Oliveira / EPTV)

Em entrevista a EPTV, Laysa contou que estava nervosa e correu atrás da pediatra para agredi-la: “A enfermeira me disse: aguarda lá que a médica vai chamar ele. Quando eu fui, [a médica] falou que não ia atender ele, que ia seguir a ordem. Só que a menininha que estava na frente dele falou: não, eu dou a minha vez pra ele, e aí [a médica] disse que não ia atender. E foi quando eu parti pra correr atrás dela, e aí ela saiu correndo e os rapazes do Samu me seguraram pra não agredir ela. Aí viemos fazer o boletim de ocorrência”.

A pediatra Marcela Leite Monteiro também foi à delegacia. Segundo ela, ainda faltavam sete pacientes na frente da criança. Ela diz que o bebê já havia sido examinado pela equipe de enfermagem da policlínica, que constatou que o caso não era de extrema urgência, e que mesmo assim iria tentar passar a ficha dela na frente.

A médica relatou que estava com medo de ser agredida e se trancou no consultório para se proteger, e que a mãe chutou a porta e fez ameaças de morte. Em um vídeo gravado por pessoas que estava no local, não é possível ver, mas é possível ouvir a mãe ameaçando a médica no corredor ao lado da recepção: “Eu vou acabar com a minha vida, mas eu acabo com a dela”.

A mãe diz que agiu dessa forma por desespero, mas não se arrependeu do que houve. “Eu vi que meu filho estava sentindo muita dor, que ele já não aguentava mais ficar ali. E estava sangrando muito. Aquilo me [deixou] muito nervosa, e acho que por isso que eu parti assim pra agressão. E não me arrependi não. Se fosse pra acontecer de novo, teria acontecido”, completa Laysa.

Segundo a Polícia Militar, o crime foi caracterizado como ameaça, já que não houve agressão física. Nesta terça-feira (10) a pediatra teria apresentado um atestado médico e não foi trabalhar. A prefeitura informou que o caso vai ser apurado.

Com informações da EPTV / G1