A cidade de Cambuí, no extremo Sul de Minas, foi alvo de ação, do Ministério Público do Trabalho (MPT), voltada para a promoção da inclusão de adolescentes no mercado de trabalho. Essa é mais uma das iniciativas que reforça a campanha mundial contra o trabalho infantil, neste mês de junho.

Nesta quarta-feira, 10, o procurador do Trabalho Paulo Crestana proferiu palestra de sensibilização e orientação para representantes de 24 indústrias da cidade. Durante o encontro, foram tratados temas como caracterização e consequências do trabalho infantil, importância da inclusão de jovens no mercado de trabalho, lei da aprendizagem, entre outros. “Esperamos que, até o final de julho, pelo menos 60 jovens sejam inseridos no mercado de trabalho”, diz o procurador.

A cidade de Cambuí concentra um grande número de indústrias, especialmente de confecção, que empregam juntas mais de 2 mil pessoas. Paulo Crestana explica que: “optamos por uma ação ampla na cidade, depois de identificarmos que a contratação de jovens ainda não era uma prática nas empresas. Por outro lado, a disposição do Senai de Extrema em promover a aprendizagem na região foi decisiva para optarmos por desenvolver esse trabalho na cidade de Cambuí”.

De acordo com o procurador, o MPT tem priorizado iniciativas de fomento à promoção de políticas públicas, no extremo sul de Minas Gerais, com o objetivo de ampliar as ações de prevenção e promover a aprendizagem profissional. “Inicialmente foi efetivado o projeto de políticas públicas em Camanducaia, depois o MPT na Escola foi adotado nos municípios de Camanducaia, Pouso Alegre e Cambuí. Agora, a cidade de Cambuí recebe esta ação que é voltada para a inclusão de jovens no mercado de trabalho”, explica Paulo Crestana.

Todas as empresas que enviaram representantes para participar da palestra, bem como aquelas que, apesar de notificadas, não compareceram, serão intimadas a comprovarem a contratação de jovens.

Em Minas Gerais, o Ministério Público do Trabalho instaura, em média, 200 inquéritos por ano, para investigar denúncias de exploração de trabalho de crianças e adolescentes. A média de termos de ajustamento de conduta firmados é de 100 e a de ações civis públicas é de 40.