Mesmo sendo ano eleitoral, dificilmente alguém esperaria um ano tão conturbado politicamente em Pouso Alegre. 2016 esta sem sombra de dúvida marcado na história de Pouso Alegre como um dos anos mais conturbados no cenário político. Dois casos foram os que mais chamaram a atenção.

Perugini dá vexame

Perugini agrediu populares na Av. Dr. Lisboa durante uma madrugada

O primeiro foi o vexame público dado pelo prefeito Agnaldo Perugini (PT). Aparentemente embriagado, Perugini agrediu com socos e chutes populares enquanto colocava panfletos contra o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT). Populares gravaram a cena, e o caso repercutiu em todo o Brasil. Após repercussão, Perugini gravou mensagem onde dizia ter sido agredido. Mas um novo vídeo mostrou que ele teria iniciado as agressões físicas.

Disputa no PSDB

Chico Rafael e Rafael Simões, em evento onde Simões foi apresentado como pré-candidato.

O segundo caso foi a disputa interna do PSDB de Pouso Alegre, que apoiava Chico Rafael, com o PSDB Estadual, que apoiava Rafael Simões, para a disputa das eleições para prefeito. Sem um acordo, ambos lançaram seus candidatos e o caso foi parar na justiça. A disputa durou todo o período eleitoral. No debates, quem acabou indo foi Chico Rafael. Porém, foi o nome de Rafael Simões que foi para a urna. A confusão criou dificuldades para os próprios candidatos, apoiadores, concorrentes e eleitores.

No final o resultado das eleições mostraram que o PSDB Estadual estava certo na escolha de seu candidato. Rafael Simões venceu com quase 70% dos votos, além de ter a maioria dos vereadores eleitos formando sua base de apoio.

Polêmicas na Câmara

Câmara foi palco de muitas polêmicas

Apesar dos dois casos de maior repercussão, quem mais contribuiu para o ano conturbado foram os vereadores. A Câmara Municipal foi palco constante de polêmicas. No centro das confusões, o presidente da casa, Maurício Tutty (PROS). Durante o ano foram várias polêmicas.

Fundação e Autarquia

Destaque para a criação as pressas da Fundação Tuany Toledo. Após questionamentos, o Ministério Público pediu sua revogação. Os vereadores então a revogaram, mas a recriaram logo em seguida. No final deste ano, a justiça impediu a criação da Fundação, que era vista como “cabide de empregos”.

Outra que também era vista como ‘cabide de empregos’, a autarquia de trânsito ‘PA Trans’ também foi barrada pela justiça, e foi chamada de “Maquiavélica” pelo MP.

Sessões as pressas

Durante as eleições, sessões relâmpago e de pouco trabalho. Mas uma sessão extraordinária feita nas vésperas da eleição chamou a atenção. Teve doação de terreno, aprovação de loteamentos, autorização para um novo contrato da Zona Azul e outros temas. Tudo votado as pressas, em menos de 4 minutos. O caso teve grande repercussão na cidade e revoltou moradores.

Vexame entre Tutty e Hélio

Hélio da Van e Maurício Tutty trocaram acusações e ofensas

Mas o maior vexame na Câmara aconteceu após um corte de cargos na Câmara. Hélio da Van (REDE) e Maurício Tutty (PROS) alardearam sobre acordos e vantagens recebidas.  Hélio acabou dizendo que Tutty tinha ‘fama de bandido’ e assumiu que votou sem ler a favor da polêmica fundação. Ambos disseram que entrariam na justiça, e Hélio se tornou alvo de uma CPI.

Renovação nas urnas

Nas eleições, a resposta do povo. Dos 15 vereadores, apenas 2 conseguiram se reeleger. Definitivamente, 2016 entrou para a história como um dos anos mais vergonhosos e conturbados para Pouso Alegre na política.