Em resposta à nota emitida pelo ex-prefeito de Pouso Alegre, o sr. Agnaldo Perugini, no dia 07 de fevereiro, nos vemos no direito de esclarecer a desinformação levada à nossa população.

O primeiro ponto comentado pelo sr. Agnaldo foram as palavras transição e democracia. Na nota, com trecho transcrito a seguir, ele menciona: “sinto-me no dever de vir a público e fazer esclarecimentos importantes para que este processo de transição ocorra de forma transparente, verdadeira e honesta”. A verdade, que inclusive a população já está ciente, é que o processo de transição não existiu, sendo necessária a intervenção jurídica para a liberação de documentos importantes referentes à vida financeira da prefeitura.

Escreveu ainda sobre hipotéticos “bons legados” deixados por sua gestão nas áreas da saúde, esportes, habitação e desenvolvimento econômico. Ora, os “legados” citados seriam mais adequadamente chamados de herança maldita. Porque, vejamos, só para enumerar algumas obras que o ex-prefeito Perugini iniciou e paralisou: Creche do Jardim América, CRAS do Bairro Faisqueira, CRAS do Bairro Cidade Jardim, Salas de Aula do Bairro Belo Horizonte, Recapeamento da Avenida Antô­­nio  Scodeler no Faisqueira, Recuperação do Trem Maria Fumaça (abandonada), Revitalização da Avenida Uberlândia  (abandonada) e etc.

Na saúde, a cidade padece em decorrência da carência de remédios, medicações vencidas e desperdiçadas, falta de profissionais e edificações de atendimento ao público em estado de degradação (ou até mesmo abandonadas), fato este de amplo conhecimento da população.

Na habitação, a população vive um verdadeiro dilema, pois casas foram entregues através de sorteios e seleções questionáveis, promessas de moradias não foram cumpridas no prazo estipulado e os cidadãos contemplados com as habitações foram jogados à margem da infraestrutura, sem a mínima condição de receber as pessoas.

No esporte, o que se vê são quadras parcialmente destruídas, a Praça de Esportes do Bairro Jardim Olímpico sucateada e o CEU (Centro Arte Esporte Unificados), que já custou mais de R$2.200.000,00 ao município e sequer foi concluído.

Quanto ao desenvolvimento econômico e a situação financeira do município, a verdade é que foi deixada nas contas bancárias a quantia de R$ 23.480.840,53, porém, a administração anterior deixou restos a pagar em valores superiores a R$40.000.000,00 (quarenta milhões de reais). O mais grave ainda é que grande parte do dinheiro deixado no caixa, 14.000.000,00 (quatorze milhões de reais), foi utilizado para pagar o salário dos servidores do mês de dezembro de 2016, sendo que este pagamento era de inteira responsabilidade do governo anterior. Neste caso pergunta é simples: como que com 23 milhões de reais a prefeitura conseguiria pagar uma dívida de mais de 40 milhões?

Deste modo, apuramos que os números divulgados pelo ex-prefeito não são verdadeiros, corroborando com sua gestão que recebeu nota zero em transparência, de acordo com o Ranking de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal.  Por fim, a população de Pouso Alegre já julgou o governo do senhor Agnaldo Perugini e, a depender das circunstâncias, que a sua administração preste contas à justiça.

 

Pouso Alegre, 09 de Fevereiro de 2017.

RAFAEL TADEU SIMÕES, Prefeito Municipal.