Ambulante foi algemado em grade por guardas (Foto: Maria Ines Fernandes)

Um ambulante acabou sendo algemado durante uma fiscalização na quarta-feira (31). A imagem repercutiu nas redes sociais e foi alvo de muitos questionamentos.

Segundo o chefe da Guarda Municipal de Pouso Alegre, o ambulante foi algemado pois queria agredir um fiscal. “O rapaz ficou muito alterado, querendo agredir os fiscais, e como só estava dois [guardas], tiveram que fazer aquilo para conter o cidadão que estava nervoso, e agressivo, até mesmo para não ficar rolando com a pessoa no chão, chamando a atenção. Conseguiram imobilizar ele rapidinho, colocou ali, ele se acalmou, e o fiscal já fez o procedimento. Mas não foi certo. Orientamos eles a não fazerem mais isso. Mas foi uma emergência”, salientou o chefe.

Aumento da fiscalização

Desde o inicio da nova administração, a prefeitura aumentou a fiscalização em cima de vendedores ambulantes. A fiscalização se intensificou nas últimas semanas, o que tem gerado discussão nas redes sociais.

A gerente da fiscalização de postura, Vivian Barbosa Siqueira, explica que os ambulantes não têm autorização para atuarem na cidade e que precisam do apoio da guarda para realizar a fiscalização:

“A gente recebe muitas reclamações do lojista. São muitas pequenas empresas ali no centro que estão sofrendo. Eles estão pagando imposto, funcionário, aluguel, e tem gente fazendo concorrência vendendo pela metade do preço. Pessoas que não são daqui. Não tem autorização pra vender. A gente não sabe a procedência dessas mercadorias. Não tem nota fiscal. Não sabe se é roubada. E gente que é comerciante da cidade, que está todo mundo em crise, que gera emprego e receita pra cidade, sendo prejudicados. Ninguém quer tirar emprego, mas infelizmente é um comércio que não esta regularizado. No código de postura é obrigação da fiscalização e postura apreender essas mercadorias. Se a gente não faz isso, quem esta incorrendo em erro é a gente. Já teve o caso de fiscal ameaçado, empurrado na rua. Os fiscais não tem condição de sair sozinho. Eles dizem que não tem nada a perder não.  Então a gente tem que ir com a guarda municipal”, explica a gerente de fiscalização.