Os hospitais de Pouso Alegre têm estoque de sedativos para apenas três dias. A informação foi dada pelo prefeito Rafael Simões (DEM) na manhã desta sexta-feira (9) durante entrevista exclusiva concedida ao PousoAlegre•net.
“Se não fosse os contatos pessoais que nós temos dentro da indústria farmacêutica, nós já teríamos colapsado. Se eu não tivesse contato com o presidente de farmacêutica, nós não teríamos aí um estoque de três dias que nós temos. Deixar claro para a população, o estoque que nós temos é de 3 dias. Mas não é [só] o Samuel Libânio não. Os hospitais de Pouso Alegre não tem mais do que 3 dias de estoque. Aí o governo manda pra cá medicamento para meio dia. O que muda isso?”.
Os sedativos fazem parte do chamado “kit intubação” e são essenciais para permitir que pacientes graves com covid-19 sejam intubados e, assim, possam respirar mecanicamente.
Ontem, o governador de Minas Romeu Zema (NOVO), disse que alguns hospitais [sem citar quais] possuíam estoque de sedativos para 1 ou 2 dias. Zema culpou a lentidão de distribuição do Ministério da Saúde, que requisitou os sedativos de todas as fabricantes.
A presidente da Federassantas (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de MG), Kátia Regina de Oliveira Rocha, fez um reunião ontem com hospitais a respeito da situação. Segundo ela, o governo de Minas orientou que os hospitais que não tivessem sedativos, transferissem os pacientes para outras unidades.
A orientação do governo de MG foi criticada pelo prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões: “Transferir o paciente para onde tem o remédio. O remédio é uma caixinha. Não é mais fácil trazer o remédio para onde está o paciente?”, indagou.
Confira a entrevista na integra. O trecho que fala dos sedativos acontece aos 30 e 34 minutos: