Foto: ACS/Rafael Simões

Deputados cobraram mudanças na cobrança de pedágios na região durante uma audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais na quinta-feira (26). Insatisfação com o valor e a forma com que os pedágios foram instalados foram destaque.

Durante a audiência, o Deputado Federal Rafael Simões destacou as situações das BR-459 e MG-290. Segundo ele, o modo como a concessão das rodovias foi feita foi equivocado. “Nós temos rodovias lá no Sul de Minas, como a MG-290, que é conhecida pela rodovia da morte. Agora vão ter uma MG-290 pedagiada, que vão pagar para morrer”, destacou ao dizer que a instalação dos pedágios foi feita sem que as rodovias recebessem melhorias.

Rafael Simões ainda solicitou que a concessionária das rodovias e o Governo de Minas tenham sensibilidade para que seja implementada gratuidade para moradores dos municípios próximos às praças de pedágio. “Queria propor que vocês liberassem os municípios, porque nós temos praças de pedágio dividindo o município. Lá em Senador José Bento, pra buscar a criança que tá no bairro X, tem que pagar o pedágio. Pega três crianças, volta e paga pedágio. Não há lógica nisso”, afirmou.

Outro político da região a se manifestar foi o Deputado Estadual Dr. Paulo. Ele destacou que foi uma surpresa para a população um valor tão alto cobrado nos pedágios. “Como nós estamos acostumados com pedágio de 4 e pouquinho na Fernão Dias, nos aparece um pedágio de R$ 9,20 na nossa região”, disse. Além disso ele cobrou que os município estão sendo prejudicados, já que veículos oficiais das cidades não são contemplados com a gratuidade. “Os municípios, os carros oficiais de saúde, educação, bem como a Polícia Rodoviária, o Samu, não estão contemplados no contrato. Os veículos que estão contemplados no contrato são somente do governo do Estado. Mas os municípios trazem muito mais, em maior quantidade, do que o governo do Estado. Então, faltou isso aí. Eu acho que é possível”, afirmou.

Por fim, Simões afirmou que se mudanças não forem tomadas convocará a população para uma mobilização. “Se continuar, eu vou chamar o povo do Sul de Minas para fazer um grande movimento lá, porque nós não vamos aceitar isso não”, disse.