Foto: Redes Sociais

O Hospital das Clínicas de Itajubá e a defesa do vice-prefeito da cidade preso em uma operação contra corrupção nesta terça-feira (20) se pronunciaram sobre o caso.

O que diz a defesa de Nilo Baracho

O advogado Willys Vilas Boas Júnior, que defende Nilo Baracho e outros cinco investigados, o caso foi desdobrado em duas frentes: uma investigação relacionada ao hospital e outra sobre a suposta irregularidade em pagamentos.

Segundo ele, o que traz segurança no caso do vice-prefeito é que não existiria qualquer prova documental sobre seu envolvimento. Além disso, ele alega que em caso de pagamentos pelo poder público existem critérios a serem seguidos e um pagamento passaria necessariamente por 4 ou 5 pessoas que não têm seus nomes relacionados no caso.

O advogado acrescenta ainda que esta é uma situação espetaculosa em que pessoas são achincalhadas da noite para o dia sem ter o direito ao contraditório e ampla defesa.

O que diz o hospital

Foto: HCl

O que diz a Polícia

A Polícia Civil afirmou que a sistemática de desvio de recursos teria se iniciado em outubro de 2017. Ainda de acordo com o divulgado pela polícia, o dinheiro era depositado na conta da oficina e imediatamente era transferido aos servidores. No período investigado a oficina recebeu cerca de R$ 900 mil da Prefeitura.

A Polícia Civil informou ainda que um dos servidores tem vários saques e o vice-prefeito recebia depósitos em dinheiro com frequência em um total de R$ 800 mil no período investigado. Há ainda, segundo a polícia, um caso de uma venda de um veículo pelo vice-prefeito a um servidor e a recompra desse mesmo carro por ele 10 dias depois.

Foi pedida a prisão temporária (pelo prazo de 5 dias) dos envolvidos. Eles podem responder por corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Nilo é exonerado

Após a prisão, Nilo Baracho foi exonerado do cargo de Secretário de Saúde do município e substituído por Mariana Cristina de Melo Porto e Sales.

Foto: Prefeitura de Itajubá