Uma compra de meio milhão de reais em tintas feita pela prefeitura de Pouso Alegre é alvo de uma CPI, que já tem as 5 assinaturas necessárias para instauração. Segundo o vereador Bruno Dias, as 1.000 latas de 18 litros seriam suficientes para pintar todas as escolas da prefeitura, o que não aconteceu.
“O objeto da CPI é a utilização de mais de 19 mil litros de tinta em 18 dias por dois pintores ao serviço da empresa Engetech, o que seria suficiente praticamente para pintar todos os prédios públicos da Secretaria de Educação. O mais estranho é que esse material foi pago, foi feita a medição mal e porcamente, e a prefeitura gastou mais de meio milhão de reais, 516 mil reais com pagamentos de tintas, sem que a gente tenha uma consistência da utilização desse material. Seria para todas as nossas escolas estarem pintadas e sobraria tinta ainda para uma grande quantidade de prédios públicos”, disse o vereador.
A investigação começou após denúncia de que o casarão dos junqueiras, um patrimônio tombado, passaria por reforma, com dispensa de licitação. E os vereadores teriam visto que a empresa Engetech, aberta a menos de 2 anos, teria vários contratos dessa forma.
“A empresa Engetech tem outras inconsistências em outros contratos que a gente também está insistindo na transparência. Hoje vai ter um requerimento dos contratos dessa empresa para que a gente possa averiguar com bastante rigor. Além disso, há uma relação próxima do pregoeiro com uma moça que foi sócia dessa empresa, que foi funcionária pública, com uma terceira pessoa que trabalhou e prestou serviço para essa empresa também. O que mais chama a atenção é justamente os processos de dispensa de licitação relacionados aos contratos da Engetech”, afirmou Bruno.
O PousoAlegre•net entrou em contato com a prefeitura e a Engetech, que até o momento, não se pronunciaram.