Valores pagos na decoração de natal de Pouso Alegre tem chamado a atenção e até levantado suspeitas dos vereadores. Ao todo foram empenhados R$ 3 milhões 346 mil reais com a decoração esse ano.
Por exemplo, o papai noel inflável, com caixa de leds embaixo. Em uma rápida busca, o PousoAlegre•net encontrou o mesmo papai noel, de 6 metros de altura, por apenas 9 mil reais para COMPRAR. Mas a prefeitura empenhou 125 mil reais para ALUGAR ele, e a estrutura metálica.
A árvore-de-natal na Tuany Toledo, que já deveria estar montada, a prefeitura vai pagar R$ 280 mil reais, também só pelo aluguel. Os valores para a montagem estão sendo pagos a parte.
O trenzinho na João Pinheiro a prefeitura vai pagar R$ 150 mil reais por 40 dias, ou seja, R$ 3.750 reais por dia.
“150 mil reais. Eu acho que dá pra comprar uns três, se não der para comprar mais. 30 mil reais é o aluguel de um quarto que tem um escorregador para colocar lá na praça. Eu particularmente, não sou contra a cidade se preparar nesse momento tão especial do Natal. Nós temos que ter responsabilidade e os números têm que condiz com a realidade de mercado. E alguns números aqui são bastante suspeitos e que precisam ser esclarecidos, não só para esta Casa, mas para sociedade. Vou encaminhar essa situação dos valores ao Ministério Público amanhã mesmo. Algumas empresas participantes nos chamaram a atenção, inclusive uma, que foi fundada recentemente, com 150 mil reais de capital de giro. E vamos encaminhar todo o processo, só que tudo fique bem transparente. E se não houver nada errado, ótimo. E bom que não tem nada errado. Mas se tiver, nós vamos ter que averiguar”, disse o vereador Leandro Morais.
“Presidente, cobertura vacinal de difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, infecções causadas por influenza, poliomielite, cuja meta era 95% de vacinação, está em 65%, presidente. Esse número é escandaloso. Mais escandaloso é saber que uma árvore de Natal custou 280 mil reais enquanto a gente tem esse índice de vacinação”, questionou o vereador Bruno Dias.
Nenhum vereador da situação refutou as alegações feitas por Leandro e Bruno.
Procurada, a prefeitura disse que seguiu todos os trâmites legais, que os recursos são do próprio município, e que os processos estão no portal da transparência.