As investigações de contratos da prefeitura de Pouso Alegre foram submetidos ao STF. O motivo é que uma interceptação telefônica registrou o Ex-secretário de obras, Augusto Hart, hoje prefeito de São Sebastião da Bela Vista, conversando com o ex-prefeito e hoje Deputado Federal Rafael Simões sobre a investigação. Os dois são amigos e vem se apoiando políticamente.
No auto aparece apenas o final de uma conversa. Simões pergunta se Augusto tem assinatura em algum rolo da prefeitura de Pouso Alegre. Augusto diz que não. E Simões diz estar preocupado com quem chamou de irmão.

Segundo o MP, a resposta de Augusto Hart diz respeito a manutenção predial, caso da Engetech. Augusto porém, é investigado junto com outras 6 pessoas, nos contratos com a Duro na Queda, empresa que já recebeu 200 milhões de reais em contratos com a prefeitura de Pouso Alegre.
Ainda no Auto, o Ministério Público reforça que Simões não é investigado e que até o momento não existem indícios de sua participação nas obras apuradas. Mas que devido a preocupação citada por ele, e por ter sido prefeito durante obras da Duro na Queda, suas condutas poderiam se revelar no futuro, ilícitas.

Procurado pelo PousoAlegre•net, Simões disse o vazamento do documento sigiloso visa manchar sua reputação e desviar o foco do povo de Pouso Alegre daquilo que ele vem denunciando há tempos: suspeitas de irregularidades na prefeitura.
Ele reforça o trecho onde o MP diz que não há indícios de sua participação nas obras e de não ser investigado, sendo esse auto, um simples desdobramento natural de uma investigação que, ao que tudo indica, está encontrando irregularidades na atual gestão da prefeitura de Pouso Alegre.

Augusto Hart disse que não há qualquer evidência que comprove seu envolvimento em irregularidades, e que o trecho da conversa telefônica está descontextualizada. Disse também que durante sua gestão a pasta não firmou nenhum contrato com a Engetech, e que a verdade prevalecerá.
Já a Duro na Queda disse apenas que é uma das maiores construtoras do país, e que por isso, a tendência é o faturamento com o município crescer cada vez mais.
O auto também fala de Dr. Paulo e seu ex-assessor, Fabrício Machado.
Fabrício teria recebido 32 mil reais da Engetech, aos poucos, com valores cada dia diferente. Ele disse que seria pagamento de aluguel de imóvel e venda de ferramentas, o que não convenceu os promotores. A Engetech ainda teria comprado três carros em uma concessionária no nome da mãe de Fabrício, tendo pago as entradas e financiado o restante.

O MP também disse que até a presente data não existem indícios para afirmar ou negar qualquer envolvimento do Deputado Estadual Dr Paulo.
Fabrício e Dr. Paulo foram procurados, mas não se pronunciaram até o momento.
Após o STF, o caso também deve ser submetido ao TJMG.