Um documento da Secretaria Municipal de Educação de Pouso Alegre gerou indignação entre pais, educadores e principalmente cristãos. Intitulado “Informativo Nº 015/2025”, o comunicado enviado nesta terça-feira (15) orienta que as escolas da rede municipal evitem “atividades que façam referência direta a elementos próprios da fé cristã, como a crucificação, a ressurreição ou celebrações litúrgicas” durante as ações pedagógicas voltadas à Páscoa.

No documento, a Secretaria de Educação se apoia na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), destacando o caráter laico do Estado e da escola pública. O texto reforça que a abordagem da Páscoa deve priorizar “valores universais”, como partilha, solidariedade, amizade e respeito, incentivando o uso de símbolos lúdicos, como o coelho e os ovos, mas sem vinculação religiosa.

Mas para muitos cristãos, no entanto, a medida é vista como uma negação do próprio sentido da Páscoa. “É um absurdo. A Páscoa é feriado justamente por sua importância religiosa. Tirá-la do contexto cristão é como apagar sua origem”, comentou uma mãe de aluno ao PousoAlegre•net.

A orientação, assinada pelo núcleo pedagógico da Secretaria, afirma que a proposta visa garantir uma “educação inclusiva, ética e cidadã”, respeitando a diversidade cultural e religiosa da comunidade escolar.

O caso levanta um debate mais amplo sobre os limites de quando a laicidade se torna censura religiosa nas escolas.

O documento está na íntegra nesse link.