Após o desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Bitencourt Marcondes, negar o efeito suspensivo pedido pelo conselho destituído da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS), o promotor de justiça Agnaldo Lucas Cotrim encaminhou ao Juiz da 4ª Vara Civel de Pouso Alegre, José Hélio da Silva, um pedido para que o conselho transitório da FUVS seja destituído.

No pedido, o promotor diz que o estatuto revigorado, não prevê a hipótese da nomeação provisória. O novo estatuto foi considerado ilegal pelo desembargador Bitencourt Marcondes e pelo próprio juiz José Hélio da Silva, que então, nomeou o superintendente regional de saúde, o de educação, e chefe da polícia civil, para o conselho transitório.

O promotor Agnaldo Cotrim, ainda afirma no pedido que a mudança está causando balbúrdia na cidade, e que estão tendo demissões em massa, o que acarretará em despesas trabalhistas de alto valor para a fundação. Nesta segunda-feira (21) o presidente interino da FUVS confirmou que oito funcionários foram demitidos, e que “neste momento não existe previsão de outras demissões, ressalvadas motivação de força maior”, afirmou.

O promotor, que é curador da fundação, pediu que o conselho transitório nomeado pelo juiz seja destituído, e que ele seja nomeado o interventor da Fundação, para que o mesmo possa nomear um Diretor Executivo.

Agnaldo Cotrim ainda dá como exemplo a intervenção do hospital em Santa Rita do Sapucaí, onde o Ministério Público nomeou um interventor.

A FUVS é mantenedora do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, da Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVAS), de uma escola técnica e do Colégio Anglo. 2ª maior empregadora da cidade, a fundação tem um orçamento de aproximadamente R$ 120 milhões.