José Walter da Mota Matos assumiu a presidência da fundação nesta sexta (Foto: Ascom FUVS)

José Walter da Mota Matos é o novo presidente da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS). Ele foi empossado na tarde desta sexta-feira (21). O vice é o professor da Univás, Elieser Castro e Paiva. O jornalista Lucas Silveira será o conselheiro.

Os três foram escolhidos pelo governador Fernando Pimentel (PT) após ordem judicial. A eleição que definiu doze nomes para a escolha do governador havia sido questionada na justiça. Todos os nomes – pelo menos da comunidade – tem ligação com ao grupo político do PSDB, e de oposição ao PT na cidade.

José Walter terá grande desafio a frente

José Walter tem 52 anos, é delegado, professor e mestre em direito. Foi candidato a vice-prefeito em 2016.

Ele terá a frente o desafio de gerir a 2ª maior empregadora de Pouso Alegre, e que é mantenedora do hospital das Clínicas Samuel Libânio, referência para a região. A FUVS também é mantenedora da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), do Colégio João Paulo II, Colégio Anglo, e do Instituto Superior de Pesquisa de Cambuí.

“É uma responsabilidade social muito grande. De muita importância. Talvez seja o maior desafio da minha vida. Tendo trabalhado 27 anos na segurança pública, agora tenho a oportunidade de servir na área da saúde e educação. Vou encarar esse desafio com muita humildade, trabalho e pés no chão”, disse José Walter.

Após mais de um ano de intensa disputa política-judicial em torno da FUVS, o novo presidente pretende pacificar a instituição: “Nossa mensagem maior é de pacificação, e de conciliação, para que a fundação priorize o interesse público, e cumpra a sua missão e sua finalidade maior de atender a população”.

O novo presidente assume a instituição em um momento conturbado para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, que vem sendo alvo de denúncias, como de desvio de remédios e má qualidade dos medicamentos:

“Nós vamos assumir a fundação e nos inteirarmos dessas situações, mas sempre com muita tranquilidade. Deixar muito claro que visamos o interesse da instituição. Temo que entender que estamos em um período emblemático, que é o período eleitoral. Nós temos que ter muito cuidado para defender os interesses da instituição, e preservar a imagem dela nesse processo. Então vou assumir com muita cautela, calma e precaução para não fazer julgamentos precipitados. A gente sabe que o Ministério Público é curador das fundações e acompanha o que tem sido feito aqui. E estaremos prestando informações que se fizerem necessárias para que esses problemas se resolvam da forma mais rápida possível, de uma forma que a instituição seja preservada e não se cometa injustiça”, explicou José Walter.

Outro desafio a frente será a questão econômica: “Sabemos das dificuldades econômicas que vamos enfrentar. É um momento grave da economia, e a instituição depende muito de um bom relacionamento com o município, estado e união. É isso que vou fazer: Trabalhar para que esse relacionamento seja proveitoso”, concluiu José Walter.