Discutir junto com a população o contrato da Copasa. Esse foi o objetivo da Audiência Pública realizada na noite desta quarta-feira, 31. A Comissão de Ordem Social da Câmara de Pouso Alegre realizou Audiência Pública para debater questões referentes ao contrato da Copasa.

A reunião teve início às 18 horas, no Plenário e foi marcada pela grande participação da população. Estiveram presentes representantes de Secretarias da Prefeitura e o gerente interino da Coposa para responder aos questionamentos da população e dos vereadores.

Inicialmente, a Comissão de Ordem Social apresentou o relatório produzido que analisa o contrato e a prestação dos serviços da Copasa em Pouso Alegre. O presidente da Comissão, vereador Mário de Pinho (PT) exibiu uma apresentação com fotos de alguns pontos da cidade, onde a coleta de esgoto parece apresentar problemas.

Após a apresentação da análise, seis representantes da população usaram a tribuna para expor suas opiniões sobre a empresa. Para Wellington Delfino, presidente da Associação de Moradores do bairro Nossa Senhora Aparecida, o serviço prestado pela empresa em seu bairro apresenta problemas. “Como representante do bairro, venho aqui não só trazer problemas, mas buscar soluções. Uma das minhas perguntas é saber da Copasa e da Secretaria de Obras como está o esgoto na Vila Nossa Senhora Aparecida e região. A meu ver não está sendo coletado, parece que está sendo jogado na rede pluvial, rede de água de mina. Eu gostaria que ficasse claro para toda população a qualidade do tratamento do esgoto”, alega Wellington.

Representando a população, também fizeram uso da tribuna: Wesley Costa, em nome movimento Coletivo Pouso Alegre; Verônica Albenati, moradora do bairro Morumbi; o ex-vereador Paulo Henrique Pereira Alves, que na última legislatura chegou a fazer um trabalho junto à população para avaliar o trabalho da Copasa; Vanilda Bernardo, representando o bairro São Geraldo; e o morador do São João, Ubiratan Vieira.

Representando a Copasa, o gerente interino, Alexandre Grego justificou algumas questões, explicando como a empresa vem trabalhando desde que assumiu o serviço em 1996, argumentando a situação em que a empresa encontrou o sistema da cidade na época. “Quando chegamos aqui, a situação era muito pior do que a gente imaginava. Então a Copasa criou um plano de atacar primeiro o que era mais urgente que era tratar a água porque havia somente o tratamento preliminar e não o tratamento completo”, justificou Alexandre, que explicou ainda as diferenças entre o tipo de serviço feito com a rede de abastecimento e o tratamento de esgoto, que, segundo ele, é muito mais complexo.

De acordo com o vereador Mário de Pinho, presidente da Comissão, a necessidade da realização da Audiência é devido às decorrentes reclamações por parte da população sobre os serviços prestados pela concessionária de água e esgoto. “Temos conhecimento de esgoto a céu aberto na cidade e o valor cobrado pelo tratamento de esgoto é elevado, 90% do valor da água. Não há nada contra a empresa, mas há a indignação da população sobre a qualidade dos serviços prestados”, ressalta o vereador.
Todos os vereadores fizeram questionamentos sobre a situação do esgotamento sanitário, rede pluvial ligada à rede de esgoto, recomposição do asfalto e a tarifa de esgoto. Agora, a Comissão vai continuar analisando o contrato e estudar possíveis medidas para buscar uma solução para os problemas apontados.