Destino de grandes investimentos no setor industrial, como o da fabricante de máquinas pesadas XCMG, da produtora de latas de alumínio Rexam, da Isofilme, produtora de não-tecidos, e da empresa alimentícia e produtos de higiene Unilever, Pouso Alegre foi responsável por boa parte dos R$ 4,1 bilhões investidos no Sul de Minas na última década. O balanço foi divulgado na manhã desta segunda (12), no auditório da Regional Sul da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), pelo vice-governador Alberto Pinto Coelho. Ele foi o palestrante do Plano de Desenvolvimento Regional e Conexão Empresarial realizado pela VB Comunicação no programa ‘Rotas para o Futuro’ da FIEMG. O vice-prefeito Mário Lúcio Mattozo e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Ação Regional Raphael Prado participaram do evento.

Das 42 empresas citadas entre os grandes investimentos da década para a região, oito são aportes direcionados para Pouso Alegre. O maior investimento da década também foi na cidade. O da XCMG, estimado em R$ 330 milhões – a empresa deve investir outros R$ 670 milhões até o final de 2015. “É importante ressaltar que boa parte desses grandes empresas listadas para Pouso Alegre na última década começou a chegar a partir de 2010, quando o município adotou sua política de atração de investimentos”, aponta Raphael Prado.

De fato, considerando apenas os cinco maiores investimentos anunciados para Pouso Alegre com investimentos já concluídos ou por concluir ainda este ano, chega-se à cifra de R$ 900 milhões. São eles XCMG (R$ 330 milhões), Centro de Distribuição da Unilever (R$ 170 milhões), Rexam (R$ 157 milhões), Serra Sul Shopping (R$ 150 milhões) e a Isofilme (R$ 108 milhões). “Não por acaso, estamos entre as cidades que mais geram empregos no país. Emprego que se traduz em renda e qualidade de vida para as pessoas”, avalia o vice-prefeito.

Nos primeiros sete meses do ano, Pouso Alegre já criou 1,4 mil novos empregos. Mais da metade deles no setor industrial. O bom desempenho no mercado de trabalho coloca o município em situação privilegiada. Quando considerado o número de empregos gerados por habitante, a cidade tem desempenho bastante superior ao que é registrado no Brasil e em Minas Gerais. Nos últimos cinco anos, o país gerou, em média, um emprego para cada 27 habitantes. Em Minas, a média foi de um para cada 25. Em Pouso Alegre, foi de um para cada 12.

Na região, a cidade que mais de aproxima dessa proporção, Poços de Caldas, gerou um emprego para cada 15 habitantes. Varginha, outra cidade-polo, fica ainda mais distante, com apenas um emprego para cada 30 moradores. “É um privilégio com que contamos, mas graças a uma política de longo prazo com foco em resultados e eficiência da máquina administrativa. Quem não gostaria de investir em uma cidade com ótima localização logística, mão-de-obra qualificada e cujo tempo médio para abertura de uma empresa é de apenas quatro dias?”, propõe Raphael Prado.