O Mapa da Dengue, divulgado pelo Ministério da Saúde na última semana, mostra o crescimento da doença em todo o país. De acordo com o estudo, 157 municípios estão em situação de risco e outros 525 estão em estado de alerta. Os dados compõem o Levantamento Rápido do Índice para Aedes aegypti. Somente em Minas Gerais, até o momento, foram confirmados 333,9 mil casos de dengue e 109 óbitos.

Apesar da situação preocupante em todo o país, Pouso Alegre continua sem registar nenhum caso de dengue contraída na cidade. Ainda assim, o avanço da doença, principalmente em Minas, coloca em alerta os agentes do departamento de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde. O órgão colocou em prática um roteiro especial de conscientização e desinfecção de possíveis focos do agente transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.

De porta em porta, os agentes reforçam os trabalhos de conscientização. O objetivo é mostrar a importância do combate ao mosquito. As visitas alcançaram todos os bairros da cidade. Graças a elas, os agentes puderam detectar 121 focos do Aedes aegypti. A tarefa agora é monitorar os lugares próximos aos focos e evitar a proliferação das larvas fazendo a desinfecção destas áreas.

“Manter alerta máximo e intensificar os trabalhos é fundamental para manter a cidade sob o status de não ter registrado a doença. Mas para que o esforço das autoridades surta efeito, precisamos da participação da população”, ressalta Ramiro Pereira, coordenador da Zoonoses.

Para reforçar o trabalho de conscientização, as equipes do departamento de Zoonoses estão planejando um final de semana de conscientização na Praça Senador José Bento, como parta da Mobilização Nacional de Combate à Dengue. A campanha deveria ter ocorrido no último final de semana, mas foi adiada devido ao mau-tempo.

De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Luis Augusto Cardoso, os trabalhos de conscientização seguirão sendo reforçados ao longo dos próximos meses.

“Nossa capacidade de controle da dengue é proporcional à quantidade de informação que conseguimos levar à população e ao nível de mobilização que conseguimos provocar em toda a cidade. É um inimigo difícil de ser batido. Por isso, precisamos nos unir”, considera.