A manhã desta terça-feira (04) foi de discussões, propostas e conscientização na sede da Associação do Comércio e Indústria de Pouso Alegre, a ACIPA. Órgãos da Prefeitura e comerciantes se reuniram para avaliar as ações de prevenção às enchentes que começam a ser postas em prática na região central. As secretarias de Obras, Trânsito, Planejamento e Defesa Civil planejam as medidas desde outubro, quando alertados da possibilidade de grandes volumes de chuva nos meses de dezembro e janeiro. Os trabalhos desempenhados no Centro integram o Plano de Prevenção e Gerenciamento Integrado de Enchentes 2013/2014 que alcança todas as regiões da cidade e envolvem ainda o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Agricultura e outros departamentos da Prefeitura de Pouso Alegre.

A Secretaria de Obras iniciou essa semana os trabalhos de limpeza e manutenção de córregos e galerias pluviais por toda a cidade, a começar pelo bairro São Geraldo. Trabalho semelhante ocorrerá na região central no próximo final de semana para minimizar o impacto sobre o trânsito. A ação ocorre todos os anos, mas deve contar agora com a mobilização dos comerciantes para impedir o acúmulo de lixo nas calçadas. “São esses resíduos que, na maior parte das vezes, obstruem bueiros e provocam o refluxo das águas, contribuindo para os alagamentos”, explica o secretário de Obras Wellington Serra. Os comerciantes que compareceram à reunião se comprometeram a permanecer vigilantes.

Dando continuidade aos trabalhos, na manhã desta quinta-feira (05), na sala de reuniões da Prefeitura, o plano de gerenciamento passa pela última revisão para sequência das ações. O encontro reúne a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil – COMPDEC, órgãos militares, representantes da sociedade civil, prestadoras de serviço como a Cemig e a Copasa, secretarias e departamentos da Prefeitura. Nele, será revisado o planejamento operacional e a infraestrutura disponibilizada para prevenção e enfrentamento do período chuvoso em toda a cidade. “Nós listamos todos os locais que servirão de abrigos na eventualidade de inundações, por exemplo, e checamos se há a infraestrutura necessária pata atender os desabrigados”, explica o coordenador da Defesa Civil Municipal, Jean Wilian. Ele reforça ainda que as tarefas dos responsáveis por cada etapa do processo, desde a prevenção até o atendimento aos desabrigados, também são revistas quanto ao seu estágio, eficácia e capacidade de responder a emergências.

Galerias na região central

O trabalho específico de prevenção de inundações no Centro é uma resposta à deficiência de seu complexo pluvial. O sistema de drenagem e escoamento de água da região foi projetado no início do século passado. Foi pensado para uma cidade três vezes menor do que a atual. Com o avanço do asfalto e das construções, o volume de água que escorre para a região mais baixa do Centro aumentou, mas a capacidade do solo de absorvê-la ficou menor. Para resolver o problema de forma definitiva, a Prefeitura elaborou um projeto de expansão das galerias pluviais. Para sair do papel, ele depende da captação de recursos federais. Uma parte dessas verbas foi captada por meio da segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC II, do governo federal. De acordo com a Secretaria de Obras, dos R$ 17 milhões captados através do programa, R$ 4 milhões serão utilizados na expansão das galerias no próximo ano. O investimento consta na peça orçamentária de 2014 enviada para aprovação à Câmara de Vereadores.