Avenida que passa por cima do Dique 2 será chamada Avenida Vereador Hebert de Campos
Avenida que passa por cima do Dique 2 será chamada Avenida Vereador Hebert de Campos

A Secretaria de Obras anunciou para março a inauguração da Avenida Vereador Hebert de Campos, que passa sobre o Dique 2. Conforme o balanço divulgado nesta terça-feira (11) pela pasta, a via de 2,2 quilômetros está em fase de conclusão de obras. Nos próximos dias, os trabalhos se concentram no término da ciclovia, acostamento e iluminação do canteiro central, intervenções que podem levar entre quatro e seis semanas.

Inaugurada, a avenida será o desafogo principal para os veículos que trafegam na rota Centro-Sul, a mais movimentada da cidade. Aguardada com ansiedade pelos moradores, a via é peça chave no Plano Municipal de Gerenciamento do Tráfego. “Aguardamos o início do fluxo de veículos na avenida para orientar algumas decisões que precisamos tomar para organização do trânsito. Com base na análise desse fluxo, vamos decidir, por exemplo, se haverá a necessidade de criarmos corredores de ônibus ou se linhas expressas seriam a melhor solução”, explica o secretário de Transporte e Trânsito (SMTT), Marcos Aurélio.

O impacto da abertura da avenida será grande para o tráfego local. Nos horários de pico, na Avenida Vereador Antônio da Costa Rios, o acesso mais utilizado para a região Sul, enormes congestionamentos chegam a provocar lentidão que se estende por quilômetros, afetando, inclusive, a região central. A avenida sobre o Dique 2 será a terceira opção de acesso à região, que conta ainda com a Avenida Ayrton Senna, outra via construída sobre um dique de contenção de cheias. No entanto, a Ayrton Senna é acessada com menor frequência por ser a opção mais longa. A avenida sobre o Dique tem a vantagem de ser paralela aos principais bairros residenciais da região e ter acesso mais próximo para quem vem do Centro.

“Nossa expectativa é muito positiva. Depois do dique proteger milhares de famílias das cheias do Rio Mandu, agora é a vez da avenida que passa sobre ele levar alívio para o trânsito, nos dando excelentes perspectivas de planejamento que pode levar ainda mais organização e segurança para motoristas e pedestres”, considera o prefeito Agnaldo Perugini. Ele ressalta, porém, que, antes de ser liberada, a via passará por uma rigorosa vistoria para assegurar que suas obras atendem aos padrões de segurança e qualidade previstos no contrato.

A avenida está em fase de conclusão de obras
A avenida está em fase de conclusão de obras

O complexo do Dique 2 é formado por duas grandes obras. A avenida que passará sobre o maciço de contenção de cheias começou a ser construída em outubro de 2012. O valor investido no empreendimento é de R$ 18,49 milhões. Os recursos são de uma dívida da Companhia de Água e Esgoto de Minas Gerais (Copasa) com o município. A empresa cumpre um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) imposto pelo Ministério Público (MP), que multou a Copasa em R$ 22 milhões por conta do atraso de investimentos em infraestrutura para tratamento de esgoto em Pouso Alegre. As obras de complemento, como sinalização e iluminação pública serão feitas com recursos dos cofres municipais.

A avenida tem extensão de 2,2 quilômetros, pista dupla de 8 metros de largura, canteiro central, passeio amplo, ciclovias e uma ponte com extensão de 60 metros que faz sua ligação com a Avenida Perimetral. Funcionando como mais uma via de ligação entre o Centro e os bairros da zona sul, a avenida sairá da rotatória do terminal rodoviário, seguirá pela região do bairro São Geraldo e se conectará, dois quilômetros depois, à Rua Major Armando Rubens Storino, ao lado do Instituto Felipo Smaldoni. A região marca a convergência de bairros como o Jardim Canadá e o Santa Rita, que abrange conglomerados residenciais, alérm de abrigar o novo prédio do Fórum.

O dique

O Dique 2 foi construído entre junho de 2011 e julho de 2012. O investimento total da obra foi de R$ 16,4 milhões, oriundo dos cofres federal (por meio da primeira versão do Programa de Aceleração do Crescimento) e municipal. Seu sistema completo de proteção contra cheias foi testado com sucesso no início de 2013. Ele é composto por um maciço (o corpo do dique) de quase dois quilômetros de extensão ao longo do leito do Rio Mandu. Sua estrutura forma uma barreira que impede o transbordamento do rio. Sem ele, as águas do Mandu alcançariam a região de várzea do bairro São Geraldo e invadiriam as casas.