O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por meio da 3ª Comissão Disciplinar, decidiu nesta quarta-feira (3) excluir o Grêmio da Copa do Brasil por causa do crime de racismo, ocorrido no dia 28 de agosto, em partida contra o Santos, quando o goleiro santista Aranha foi xingado por torcedores e chamado de macaco. O time gaúcho também foi multado em R$ 50 mil. A decisão foi unânime, por quatro votos.

Patrícia Moreira foi flagrada chamando o goleiro Aranha de macaco (Foto: Reprodução/ESPN)
Patrícia Moreira foi flagrada chamando o goleiro Aranha de macaco (Foto: Reprodução/ESPN)

Embora a defesa do Grêmio tenha pedido a absolvição do clube, alegando que os envolvidos no caso de racismo eram cinco pessoas, dentro de uma torcida de 30 mil pagantes, os integrantes do STJD entenderam que a pena tem caráter pedagógico contra atitudes de racismo. Para o presidente da 3ª Comissão Disciplinar, Fabrício Dazi, a decisão mostra para os clubes que precisam ser responsáveis por suas torcidas e também demonstra ao mundo que o Brasil não é complacente com o racismo em campo.

O juiz da partida, Wilton Pereira Sampaio, foi suspenso por 90 dias e multado em R$ 1.600 por não ter incluído na primeira versão da súmula do jogo a reclamação de Aranha, tendo colocado apenas em um adendo, posterior ao final da partida, quando tomou conhecimento do fato por imagens da televisão.

Os dois auxiliares e o quarto árbitro foram suspensos por 60 dias e multados em R$ 1.000.

Os torcedores identificados foram condenados e não poderão comparecer ao Estádio do Grêmio por 720 dias.

O presidente do Grêmio, Fábio Koff, informou que vai recorrer da decisão.