Ecocrédito: Modelo é considerado uma das grandes promessas mundiais para a preservação ambiental.
Ecocrédito: Modelo é considerado uma das grandes promessas mundiais para a preservação ambiental.

Pouso Alegre pode adotar em breve uma das práticas ambientais mais bem sucedidas do mundo. Foi aprovado na sessão desta terça-feira (9) o Ecocrédito, projeto que visa financiar por meio de isenção fiscal produtores rurais que contribuam com a preservação e produção da água. A proposta do vereador Mauricio Tutty foi enviada pelo Executivo e compõe o conjunto de ações em prol do desenvolvimento sustentável defendido pelo parlamentar.

“Estamos trabalhando para criar um arcabouço legislativo. Eu fiz o projeto da lei de atualização da política de meio ambiente, incluímos o fundo municipal, depois o IPTU Verde, que está na prefeitura com o compromisso de vir ainda o ano que vem e, hoje, temos aqui a grata felicidade de ver o projeto de Ecocrédito para nossa apreciação. Esse projeto vem para fechar o que estamos discutindo sobre a mudança na cultura do uso dos recursos naturais e ambientais. Ele visa financiar, por meio de isenção fiscal, aquele produtor rural que tem nascente ou área de preservação permanente em sua propriedade, para contribuir com a preservação e produzir água”, explicou Tutty.

Mauricio Tutty em discurso sobre o Ecocrédito.
Mauricio Tutty em discurso sobre o Ecocrédito.

O modelo de compensação pela preservação de nascentes é vistos por especialistas como a grande promessa mundial para a preservação de ecossistemas. Um dos exemplos mais bem sucedidos vem de uma das maiores metrópoles do mundo. Em Nova York, produtores rurais que possuem propriedade a um raio de 200 quilômetros de distância da cidade recebem o benefício para contribuírem com a preservação e produção da água.

No Brasil, o modelo já é adotado com sucesso por uma cidade próxima de Pouso Alegre. Desde 2007, Extrema abriga o programa produtor de água. A implantação do ecocrédito para Pouso Alegre é uma das principais propostas do vereador, que tem forte ligação com projetos ambientais.

Além do projeto, o vereador ainda apresentou uma emenda, a fim de complementar o texto, instituindo a chamada ‘moeda verde’. “Estamos tratando de muitas discussões, como compensação ambiental para mitigar impactos negativos. Agora o município vem dar uma contrapartida econômica. Essa emenda eu a inclui porque, quando enviei o anteprojeto, não constava o detalhamento de como seria a criação da moeda verde, que vai ser um equivalente ao real, com a qual o produtor apenas poderá comprar produtos e serviços ecologicamente corretos. É um grande avanço. Fico feliz em fechar o segundo ano do mandato aprovando esse projeto”, afirmou.

O projeto foi aprovado em 1ª votação por unanimidade.