O carro do sindico de um condomínio no Bairro São João pegou fogo nesta madrugada em Pouso Alegre. Segundo um morador, o fogo teria começado por volta das 3 horas da madrugada.

Um dos moradores, que não quis se identificar, acredita que o fogo seja uma tentativa de intimidação contra o sindico, já que o prédio teve a aguá cortada dias atrás por falta de pagamento de alguns moradores. O problema chegou a ser matéria da emissora EPTV.

“Aguardamos a pericia, mas tememos que seja uma represália ou intimidação devido a coincidência. Ele mesmo [o sindico] me disse que ninguém foi brigar com ele. Mas logo o carro dele, somada com a falta de água, não podemos dar a certeza, mas é difícil não imaginar ser um represaria.”, disse um dos moradores.

Entenda o caso

Os moradores do condomínio ficaram sem água devido uma dívida no valor de R$ 70 mil com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O motivo da dívida é que parte dos moradores estariam inadimplentes, sem pagar a taxa do condomínio, que é de R$ 150 por mês. Com isso, moradores que estão em dia, por causa dos vizinhos, também não recebem a água.

Moradores de condomínio ficam sem água por dívida com a Copasa em Pouso Alegre (Foto: Reprodução EPTV)
Moradores de condomínio ficam sem água por dívida com a Copasa em Pouso Alegre (Foto: Reprodução EPTV)

O condomínio, que faz parte do programa “Minha casa, minha vida”, tem seis blocos e 96 apartamentos. Ao todo, 450 pessoas vivem nele. Os imóveis foram entregues em junho de 2012. Já no primeiro mês, 60% das famílias não pagaram o condomínio, que inclui conta de água, iluminação da área comum, serviço de limpeza e o fundo de reserva.

Em abril do ano passado o bloco 2 do condomínio teve o fornecimento de água cortado. A solução encontrada pelo condomínio foi usar o dinheiro de quem paga corretamente para manter as contas em dia.

Processo contra a Copasa

Após processaram a Copasa por cobrança indevida, um acordo previa a instalação de hidrômetros individuais no condomínio. Porém, como foi contruido pelo projeto “Minha Casa, Minha Vida”, a instalação é de responsabilidade da prefeitura, que alegou ser inviável esse tipo de instalação por causa do alto custo. Após o corte, a Copasa informou que o processo com o condomínio encontra-se suspenso e que a Justiça liberou a suspensão do abastecimento de água no condomínio.