Vans trabalhando de forma clandestina em Pouso Alegre (Foto: Reprodução EPTV/ Edson de Oliveira)
Vans trabalhando de forma clandestina em Pouso Alegre (Foto: Reprodução EPTV/ Edson de Oliveira)

Diversas federações e entidades se posicionaram contrárias, ou fizeram alertas, a revogação da lei que proibia o transporte de passageiros com vans em Pouso Alegre. As posições foram oficializadas via oficio protocolados na Câmara Municipal na semana passada, antes da votação.

A FETRAN (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Minas Gerais) protocolou oficio (link) onde diz que com a revogação, poderá “se instalar um caos na cidade, tanto no que tange à ação desordenada pelos condutores de vans, quanto pelo desequilíbrio financeiro que provocará no transporte público”.

Já o SEST/SENAT (Serviço Nacional do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), informou que existe uma resolução do Contran que proíbe o serviço sem que haja a capacitação de condutores de veículos de passageiros. Em seu oficio (link), a empresa também ressaltou a importância e qualidade dos serviços da Princesa do Sul.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros de Pouso Alegre, disse em seu oficio (link) que a revogação “colocará em risco os mais de 240 empregos diretos, sem contar os indiretos, além de prejudicar um universo de mais de 700 pessoas que dependem dos salários e empregos gerados” pela Princesa do Sul.

A Associação dos Aposentados e Pensionistas de Pouso Alegre também pediu via oficio (link) que a revogação não fosse aprovada. “A operação tornaria um caos o transporte de nossa cidade, lembrando também que as vans não concordam em transportar gratuitamente idosos com mais de 65 anos”, disse no oficio.

A empresa Princesa do Sul também protocolou uma serie de ofícios sobre o tema. No oficio, a empresa comenta sobre a situação das vans na cidade de São Paulo e fala sobre que acontecerá no município caso a lei seja revogada.

Votação é adiada para discussão

O projeto de revogação da lei iria entrar em votação na terça-feira (21), mas acabou retirado de pauta depois de um pedido de vistas acatado pelos vereadores. Hamilton Magalhães (PTB) justificou seu pedido: “Acreditamos que é uma matéria que necessita ser melhor debatida. E é fundamental que fique claro que ela não libera a utilização de vans”.

Do outro lado, o vereador Hélio da Van (REDE) criticou o adiamento da votação: “É uma pena que os vereadores tenham optado por arrastar essa decisão. Temos uma demanda urgente da população para a qual precisamos dar uma resposta também urgente” disse.

O projeto deve ser novamente tema de debate na sessão desta terça-feira (28), podendo ir a votação na terça-feira (5 de julho).