Moradores de Pouso Alegre estão participando de um abaixo-assinado contra a tarifa de esgoto cobrada pela Copasa, sobre 90% do valor de consumo de água. A justificativa segundo a organização do abaixo-assinado, é que o serviço de tratamento de esgoto não é feito no município.

A iniciativa contesta também se 90% do total da água que chega até às casas são registrados no relógio e realmente viram esgoto. “Sabemos que o esgoto é jogado no rio e não é tratado, pagamos uma taxa indevida” conta o organizador do abaixo assinado, Altieres Domingues.

(Foto: Reprodução Facebook)
(Foto: Reprodução Facebook)

Na conta da professora Maria Rosa de Oliveira, veio um total de R$ 76,00, sendo que são R$ 40 pelo abastecimento e mais R$ 36 pela coleta. No entanto, no bairro Morumbi, onde ela vive, o esgoto fica a céu aberto. “Não é tratado não, aqui não tem tratamento. Sou contra essa taxa, se pelo menos o serviço fosse feito, tudo bem”, contou a moradora a um jornal local.

Iniciado em 2015, mais de 3.500 assinaturas foram recolhidas até o momento. A ideia do abaixo-assinado é obter 5 mil assinaturas e depois enviar o requerimento ao Ministério Público.

A Copasa informou, por meio da assessoria de imprensa, que a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Pouso Alegre entrou em operação em dezembro de 2011, e as tarifas praticadas pela Companhia estão de acordo com Contrato de Concessão firmado com o município – Lei Autorizativa Municipal nº 3156/1996, aprovada pela Câmara Municipal em 25 de julho de 1996 e com a Re-solução 03/2013, da Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário (ARSAE-MG).

Ainda segundo a empresa, atualmente o percentual de tratamento de esgoto supera os 90% do esgoto coletado no município, e que para aumentar este percentual, a Companhia continua executando obras de implantação de redes coletoras e interligações dos imóveis ao sistema.