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Assim como em quase todas as cidades do Brasil, Pouso alegre sempre teve alguns tipos populares, conhecidos por apelidos, por suas excentricidades, e na maioria das vezes simplicidade, que acabaram permanecendo vivas nas memórias de muitas pessoas.

Confira algumas dessas figuras pitorescas:

Pó-de-Arroz Perdido. Andava toda maquiada, com pó-de-arroz em excesso, até nos cabelos, além de usar trapos enrolados pelo corpo. Quando era provocada reagia falando palavrões.

Sr. Antônio Português. Ninguém podia cumprimentá-lo com um “boa tarde”. Ficava irritado e dizia que Deus havia inventado o dia e a noite e que o diabo havia inventado a tarde. Os moleques passavam perto dele e gritavam: Boa tarde! Só para ver a sua reação. “Isso é coisa do diabo”. Respondia.

Sinhana Muda. Ficava encostada nas paredes do centro da cidade e dormia em pé. Os moleques soltavam bombinhas para acordá-la e depois corriam. Mas ela era calma e pacífica. Não se sabe o por que do apelido. Ela não era muda.

“Chico-Caneca.” Andava com canecas, latas e medalhas penduradas pelo corpo, os objetos faziam o maior barulho quando ele caminhava.

“Urutu-Cascavel.” Uma senhora que andava com um lençol nas costas e um pedaço de bambu. Corria atarás da molecada quando era insultada.

Dito Capitão. Baiano, baixinho que andava pelas ruas “falando um inglês baiano”. Citava sempre os nomes dos artistas americanos da época.

Rabo Verde
Rabo Verde

Mariôa, Cabeça de Leitoa. Usava muitos colares e pulseiras e quando era perturbada pelos garotos, dizia palavrões, censurados para este texto.

Fazendeiro. Andava pelas ruas com um machado. Era rachador de lenha. Sempre falava sozinho de suas fazendas imaginarias. Com ele os moleques da época zombavam de longe, com medo do machado.

Zé Anzol. Andava berrando pelas ruas como um carneiro. Quanto mais os garotos pediam, mais ele berrava.

“Rabo Verde”. Em Pouso alegre também existiu uma figura folclórica que perambulava pelas ruas mexendo nas latas de lixo. Era um homem forte e de olhos azuis. Com palavras cabalísticas fazia benzimentos quando solicitado. Tinha sempre uma lata onde comia. Não aceitava comer em outro lugar. Era o curioso “Rabo Verde”. Você vai conhecer mais histórias desse personagem em breve aqui no PousoAlegrenet.