A soma dos bens dos candidatos a prefeito em Pouso Alegre chega a R$ 21,949 milhões
A soma dos bens dos candidatos a prefeito em Pouso Alegre chega a R$ 21,949 milhões

Os seis candidatos à Prefeitura de Pouso Alegre declararam à Justiça Eleitoral patrimônio que vai de R$ 51 mil a R$17 milhões. Os bens de cada um deles podem ser consultados no site do TSE, assim como informações pessoais, prestação de contas, situação da candidatura e proposta de governo. A soma dos bens de todos eles chega a R$ 22 milhões, mas vale ressaltar que os dois candidatos com maior patrimônio declarado, Chico Rafael e Rafael Simões, disputam na justiça o direito a ser o candidato do PSDB, e só um participará da disputa.

Chico Rafael (Divulgação)
Chico Rafael (Divulgação)

O candidato com maior patrimônio declarado foi Chico Rafael (PSDB), que declarou R$ 17,036 milhões. O valor é maior do que o declarado por todos os outros candidatos juntos. 70% do valor corresponde a participação societária na empresa CRD, declarada em R$ 12 milhões. Além deste, há outros 22 itens listados, incluindo 11 terrenos, apartamentos que totalizam R$ 1,250 milhão, duas casas, prédio de escritório, conjunto de salas comerciais em Belo Horizonte, um sítio, dois automóveis, além de aplicações financeiras e participações societárias.

Rafael Simões (Divulgação)
Rafael Simões (Divulgação)

Segundo em patrimônio, o candidato Rafael Simões (PSDB) possui bens que somam R$ 3,049 milhões. Além de três casas, um apartamento, oito terrenos e três veículos, entre eles uma Hilux 2013 avaliada em R$ 128.000,00, possui uma fazenda no bairro Cervo de 101 hectares – declarada no valor de R$ 500 mil. Tem diversas aplicações financeiras, como ações da Petrobrás, e participações societárias.

Wilson Pereira (Reprodução EPTV)
Wilson Pereira (Reprodução EPTV)

Wilson Pereira, candidato pelo PC do B, declarou bens que somam R$ 1.122.300,00, o que fez com que ele ficasse na terceira posição entre os candidatos com maior patrimônio declarado. Os bens incluem dois terrenos, duas casas, apartamento em Belo Horizonte, financiado, de R$ 380 mil, e dois carros, entre eles um Toyota Corolla de R$ 70.000,00.

Virgília Rosa (Divulgação)
Virgília Rosa (Divulgação)

Em seguida, na quarta posição aparece Virgília Rosa (PSB) com R$ 504.854,22 em bens. Nesse total estão parte de duas empresas, parte também de dois terrenos, um veículo Kia Sportage declarado no valor de R$ 51.645,93

Ricardo Puccini (Divulgação)
Ricardo Puccini (Divulgação)

Na quinta posição, aparece Ricardo Puccini (PV) com R$500.630,00 em bens. Nesse total, cabem parte de três lojas em Pouso Alegre, parte também de dois terrenos, uma casa no Bairro Pousada dos Campos, parte de um apartamento, dois veículos e dinheiro em conta.

Alexandre Magno (Divulgação)
Alexandre Magno (Divulgação)

O candidato com menor patrimônio declarado entre os que estão na disputa é Alexandre Magno, candidato pelo PMDB, que declarou bens da ordem de R$ 189.910,28. Ele informou ter quatro terrenos, aplicações financeiras e quotas de capital de duas empresas.

Declaração de bens não reflete valores reais do patrimônio

As declarações de bens entregue à Justiça Eleitoral no registro das candidaturas, não refletem de maneira fiel o valor do patrimônio do candidato. Imóveis, automóveis e participações em empresas, que formam grande parte das posses dos concorrentes, devem ser declarados com o preço da data da compra, e não com o valor de mercado atual. Em determinadas situações, antigos apartamentos de R$ 100 mil podem valer milhões, e carros que um dia foram de luxo podem não alcançar o preço de automóveis populares.

O que, por um lado, é benéfico para a Receita e para o TSE, pode acabar prejudicando o eleitor que quer ter uma noção mais clara do real patrimônio dos candidatos. Tal situação ainda pode deixar políticos sob a suspeita de enriquecimento súbito ou ocultação de sua riqueza, mesmo tendo declarado suas posses como manda a lei.