Militares protestaram nesta segunda-feira (19) em Belo Horizonte

Policias e Bombeiros Militares estão ameaçando fazer uma greve branca, com os agentes ficando dentro dos quartéis, contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257. O projeto do governo federal trata da renegociação da dívidas dos Estados, e imporia perdas para os servidores públicos e militares, como corte de benefícios, congelamento de salário, além de mudanças na previdência e no regime jurídico das corporações.

Nesta segunda-feira (19) militares estão fazendo uma manifestação em Belo Horizonte. Representantes da PM e do Corpo de Bombeiros irão se reunir com o governador Fernando Pimentel (PT) ainda nesta segunda.

O movimento grevista foi confirmado pelo deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT). “Essa PLP simplesmente acaba com a carreira da polícia, e não vamos aceitar isso”, afirmou. A ordem é para os militares de folga, férias e aposentados participarem de uma nova manifestação marcada para 10h desta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Enquanto isso, os policiais em serviço devem responder às chamadas nos quartéis, sem saírem para a rua.

Sul de Minas

Aqui no  Sul de Minas, Poços de Caldas foi a primeira cidade a ter protestos. Policiais Militares se reuniram em frente ao forum da cidade sesta segunda (19) para protestar. Em Pouso Alegre ainda não houve greve, mas uma manifestação esta marcada para esta terça-feira (20) as 10h da manhã na Praça Senador José Bento.

Para o Sargento Anderson Silveira, Diretor Regional da ASPRA (Associação Dos Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais), o projeto trará um prejuízo enorme a categoria e ao funcionalismo público estadual:

“Estamos todos apreensivos que a possibilidade da aprovação da PLP 257, que trará um prejuízo enorme a todos os policiais militares e bombeiros militares do estado. Essa PLP traz consigo um pacote de maldades, pois congela todos os benefícios conquistados ao longo dos anos, como: plano de carreira, aumento da alíquota de contribuição previdenciária para 14%, a extinção dos quinquênios, o fim das promoções trintenarias, bem como promoções advindas do plano de carreira, a não contratação de mais policiais e bombeiros no estado, sem contar que não teremos mais aumento de salários e o aumento para 35 para aposentadoria. Essa PLP, está sendo uma manobra política de renegociação do governo federal, para com o Governo do Estado. Será na realidade um golpe contra todo o funcionalismo público estadual. Não podemos pagar essa conta, com tantas perdas”, conta o Sargento Silveira.