Aconteceu no dia 15 de fevereiro de 1920. Há exatos 97 anos atrás. Eram onze horas da noite quando os sinos da Catedral de Pouso Alegre começaram a tocar.
O guarda noturno Antônio Borges avistou o princípio de incêndio e subiu a até a torre e conseguiu tocar os sinos, alardeando a população. Para piorar a situação, assim que o alarme foi dado houve uma pane na rede elétrica, causando ainda mais alvoroço.
Por sorte, como era de costume, os cinemas que existiam na cidade estavam cheios, e centenas de frequentadores e moradores das redondezas se aglomeraram rapidamente em frente à catedral para ajudar a conter as chamas. Mais de mil pessoas, entre civis, militares e a população em geral, compareceram para ajudar, utilizando como recurso, a água do tanque do jardim municipal. Os moradores carregavam a água em jarros e latas. O padre Waldomiro do Amaral foi chamado e foi ele quem tirou o Santíssimo Sacramento do Sacrário.
O fogo havia tomado a igreja de cima para baixo. Mas devido à ajuda da população, as labaredas cessaram em menos de uma hora. Tendo queimado apenas o forro da capela do Santíssimo. Se não fosse por Antônio Borges que avistou rapidamente as chamas e os pouso-alegrenses prestativos, talvez a Catedral tivesse sido completamente destruída pelo fogo.
Chamas na torre da Catedral deram susto em 2011
No dia 28 de julho de 2011 durante a abertura da novena do Bom Jesus em Pouso alegre, a cidade recebeu a visita do Padre Robson de Oliveira do Santuário do Divino Pai Eterno de Trindade, Goiás. A missa foi celebrada na Avenida Doutor Lisboa e atraiu mais de quinze mil fiéis de Pouso alegre e das cidades vizinhas.
Após o encerramento de uma queima de fogos ocorrida nas torres da catedral, algumas pessoas que acompanhavam a missa, notaram labaredas em uma das torres da igreja. Minutos depois o próprio Padre Robson falou ao microfone e alertou os bombeiros que estavam na praça por causa do evento de grandes proporções de que havia fogo na torre da Catedral.
Felizmente as chamas foram contidas rapidamente. O fogo havia iniciado nas quatro caixas de madeira que serviam de base para os fogos de artifício, e embora tenha levantado uma imensa labareda, não causou nenhum dano à igreja.
Agradecimentos: Tati Camilo, Márcio Balbino Pereira.
Fontes: Jornal A Gazeta de Pouso Alegre, livro Estórias do Mandu, de Eduardo Toledo.