População buscava água em chafarizes em frente e atrás da catedral (Foto: Arquivo / Museu Histórico Tuany Toledo)

Em 1899, uma fábrica de cervejas iniciou as suas atividades em Pouso Alegre, fazendo a alegria de seus habitantes. A fábrica era de Antônio Bortollo Rigotti, imigrante que saiu da região de Trento na Itália e escolheu Pouso Alegre para viver.

Cervejaria funcionava na Rua Adalberto Ferraz (Foto: Museu Histórico Tuany Toledo)

A cerveja chamava-se “Austríaca.” A fábrica começou a funcionar na esquina entre a Rua Adalberto Ferraz com a Avenida Duque de Caxias, próximo ao Mercado Municipal. Pouco tempos depois, passou a funcionar um quarteirão abaixo, no cruzamento da Adalberto Ferraz com a Rua Afonso Pena, onde ficou por dez anos.

Um fato peculiar, é que naquela época, havia um chafariz atrás da Catedral, que continha a água mais pura de Pouso Alegre, ideal para a fabricação da cerveja. Todas as manhãs, o senhor Antônio Rigotti ia buscar água nesse chafariz para fabricar a cerveja.

Chafariz atrás da Catedral tinha água mais pura de Pouso Alegre (Foto: Arquivo / Museu Histórico Tuany Toledo)

Naquela época, padres holandeses que lecionavam no Colégio São José, consideraram a Austríaca, uma cerveja de primeiríssima qualidade. Era um elogio, daqueles que conheciam a melhor cerveja mundial, a alemã. Na cidade, a cerveja de Pouso alegre fazia mais sucesso que muitas marcas famosas da época.

‘Austriaca’ passou a ser chamar ‘Grintzler’ (Imagem: Blog Cervisiafilia)

Em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, e com o posicionamento da Áustria-Hungria ao lado dos alemães, a cerveja mudou de nome e passou a se chamar “Grintzler”. Naquele mesmo ano a fábrica mudou de endereço mais vez, e começou a funcionar na Rua Marechal Deodoro.

Em 1918 a família Rigotti deu seqüência a um novo tipo de empreendimento, a marcenaria, foi quando infelizmente a fábrica encerrou as suas atividades. Na época a cerveja Austríaca/Grintzler deixou saudades.

Fontes: Brog Cervisiafilia  / Site Cervejas do Mundo / Livro Estórias de Pouso Alegre, de Eduardo Toledo