Uma das instituições mais importantes do Sul de Minas, a Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (Fuvs), não terá mais o presidente e membros do conselho indicados pelo Governador de Minas Gerais. A mudança se deve a alteração do estatuto da Fundação, que é mantenedora do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), além de dois colégios e de uma instituição de pesquisa em Cambuí.
Segundo a fundação, a mudança atende determinações do Ministério Público, responsável por fiscalizar fundações, mais especificamente, do Curador da Fundação, o Promotor Dr. Agnaldo Lucas Cotrim, ressaltando que outras 25 fundações de Minas Gerais já passaram pelo mesmo processo.
A alteração do Estatuto foi votada na quarta-feira (22) pela Assembleia Geral da Fundação, composta por membros de segmentos representativos da comunidade. As alterações foram aprovadas pela maioria dos votos.
A partir de agora, a escolha do presidente caberá diretamente ao Conselho Deliberativo da Fuvs, que foi reduzido para 14 membros: 4 membros do poder municipal (prefeito, presidente da Câmara, Secretário de Saúde e Secretário de Educação), 6 membros da Fundação (presidente, ex-presidente, reitor e 3 diretores), 2 delegados de Conselhos (Medicina e Enfermagem), e os doutores Elísio e Gabriel Meirelles de Miranda (ambos membros natos da Assembleia geral da Fundação).
O último presidente da Fundação indicado pelo Governador do Estado foi o atual prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões (PSDB). Ele foi escolhido em junho de 2013, pelo então governador Antônio Anastásia, também do PSDB. Desde o licenciamento de Simões, para disputa eleitoral de 2016, a presidência foi assumida pelo vice, Dr. Luiz Roberto Martins Rocha, com mandato até junho deste ano.
Mudança afeta planos do PT
Nos bastidores do Partido dos Trabalhadores, a mudança caiu como uma bomba. Isso porque, após anos de indicações do PSDB, caberia ao então governador Fernando Pimentel (PT) indicar novos membros do conselho e o novo presidente da Fundação. Na cidade, era ventilada a possibilidade do ex-prefeito Agnaldo Perugini (PT) ser escolhido pelo governador petista.