Cerca de 100 pessoas fizeram um ato simbólico pela saúde em frente a hospital de Pouso Alegre, MG, nesta sexta-feira, 26 (Foto: Ascom/HCSL)

Funcionários do Hospital das Clínicas Samuel Libânio aderiram na manhã desta sexta-feira (26) ao movimento estadual “Luto pela Saúde”, cobrando a regularização do repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) feito pelo Governo de Minas Gerais.

O movimento, organizado pela Federassantas  (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais)  reuniu 20 unidades de saúde em todo o estado. No sul de Minas, foram registradas manifestações em Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Itajubá , Campo Belo, Campestre e Botelhos.

Cerca de 100 pessoas fizeram um ato simbólico pela saúde em frente a hospital de Pouso Alegre, MG, nesta sexta-feira, 26 (Foto: Fernando Lima)

Conforme a federação, pelo menos 128 hospitais que prestam atendimento pelo SUS em Minas Gerais estão em dificuldades financeiras devido ao atraso no pagamento de recursos públicos. A dívida do estado com as santas casas, de acordo com o órgão, gira em torno de R$ 250 milhões.

No Hospital das Clínicas Samuel Libânio, o ato simbólico ocorreu na área de espera do pronto-socorro da unidade por volta das 8h. Cerca de 100 pessoas vestidas de preto participaram da ação, entre elas diretores e funcionários. Também participou o prefeito Rafael Simões (PSDB), que foi presidente da Fundação mantenedora do hospital (FUVS) e a Secretaria de Saúde do Município, Silvia Regina, que foi diretora do hospital.

Por meio da assessoria de imprensa, o HCSL informou que aguarda receber do estado um repasse de R$ 16 milhões. Embora seja particular, 75% dos atendimento do hospital são feitos pelo SUS.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse, sem precisar valores, reconhecer a existência de débitos junto aos hospitais e santas casas e que o Governo de Minas trabalha para regularizar a situação. O órgão ressaltou ainda que parte dessa dívida é anterior à atual administração.

Confira a nota na íntegra da nota enviada pela SES

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reconhece que existem débitos junto aos municípios mineiros, inclusive, alguns advindos dos governos anteriores. No mais, a SES-MG tem trabalhado incessantemente junto à Secretaria de Fazenda para que a situação seja regularizada o quanto antes, considerando a disponibilidade financeira.

A SES esclarece, ainda, que o grande financiador da rede hospitalar no Brasil é o Ministério da Saúde. A SES-MG recebe o recurso federal e repassa para os municípios, que não são plenos, mediante comprovação de produção. Esses recursos têm sido repassados em dia. O Estado de Minas Gerais possui programas de incentivo e de apoio aos hospitais para que eles tenham melhor desempenho – e ressalta-se que não são todos os estados do Brasil que possuem esses incentivos.

No início deste mês de maio, houve atrasos no repasse dos recursos da Rede de Urgência e Emergência e da Rede Cegonha. O Pro-Hosp, que é o maior programa estadual, está em dia.

Por outro lado, a SES também está trabalhando juntamente à Secretaria de Fazenda para que possa regularizar a situação o quanto antes, considerando a disponibilidade financeira.