O presidente do PAFC, Paulo da Pinta, explica a situação e projetos do clube (Foto: PousoAlegrenet)

Buscando retornar logo aos gramados, a diretoria do Pouso Alegre Futebol Clube se reuniu na noite desta quinta-feira (11) com empresários locais para expor a situação atual do clube e obter apoio para seu projeto. Na reunião esteve presente o presidente da Associação do Comércio e Indústria de Pouso Alegre, Sérgio Tadeu Borges, membros do Instituto para Desenvolvimento Integrado de Pouso Alegre e Região (IDIPAR), e empresários locais.

Presidente do PAFC se reuniu com empresários para explicar situação do clube (Foto: PousoAlegrenet)

Situação jurídica e financeira

O presidente, e ex-jogador do Clube, Paulo da Pinta, iniciou a reunião explicando o momento delicado do clube: “Praticamente 2 milhões em dividas, muitas ações na justiça, como ação de penhora, leilão, usucapião do terreno do campo da lema. Hoje a situação é muito delicada”. Além disso, o presidente destacou que hoje o Clube não possui sócios e está com o patrimônio bloqueado.

Estádio da Lema fica ao lado do hospital (Foto: Arquivo / Blog do Airton Chips)

Negociação do Campo da Lema com a prefeitura

A reunião também abordou a negociação da Prefeitura com o time pelo Campo da Lema, que pretende doa-lo para ampliação do Hospital das Clinicas Samuel Libânio: “As conversações já iniciaram e o prefeito foi bem receptivo. Somos totalmente a favor, mas ao mesmo tempo temos uma responsabilidade grande, por ter assumido o clube nessas condições difíceis e poder através dessa negociação dar uma boa condição de estrutura para o PAFC a partir disso ai. A gente tem conversado de fazer permutas em outras áreas do município e já esta bem adiantado. Esperamos poder definir o quanto antes porque isso ai vai melhorar em muito o atendimento a saúde aqui no município, como também esse retorno do PAFC aos campos de futebol”, contou Paulo da Pinta.

Precisando de reformas, manduzão não foi aprovado para o Campeonato Mineiro (Foto: Arquivo EPTV)

O presidente também falou da proposta de permuta pelo Estádio do Manduzão e pela Praça de Esportes, conhecido como Rosão: “As dificuldades hoje para o PAFC assumir tanto o Rosão, como o Manduzão, é a manutenção, já que os dois precisam ser revitalizados e melhorados. O estádio hoje não se encontra em condições de ter os laudos necessários para a disputa de campeonato mineiro. Esse ano mesmo o tricordiano queria jogar aqui e não conseguiu liberar nem para duas mil pessoas. A gente precisa de um apoio nesse momento para que possa ter um andamento desses projetos de retornar o futebol. E para isso, assumir o estádio, para que nós tenhamos que manter, fazer as reformas, é inviável. A praça de esportes a mesma coisa. Mas pela receptividade do prefeito Rafael Simões eu vejo que logo podemos ter um acordo, uma situação que possa ser favorável a saúde e ao PAFC também”, explicou Paulo.

Retorno aos gramados

Sobre o retorno aos gramados, Paulo da Pinta contou que ainda esse ano retoma as categorias de base, e no ano que vem disputa o profissional: “Este ano a gente pretende retornar com as escolinhas e categoria de base, para que no ano que vem que a gente possa retonar a disputar a segundona do campeonato mineiro. Se tivermos um estádio em condições, também queremos trazer uma etapa da Taça BH sub-17. São projetos para o ano que vem” conta.

Paulo da Pinta e o vice-presidente de futebol, José Carlos do Nascimento (Foto: PousoAlegrenet)

Foco em revelar jogadores da região

O presidente explica que trabalhar com jogadores de base é o modelo ideal para o time, por ser de interior, pelo cenário do clube, e pelos campeonatos que disputará: “O regulamento do campeonato da segundona é interessante, pois trabalha com jogadores jovens. Você pode ter no máximo 5 atletas acima de 23 anos. Interessante para nós nesse momento de retorno, já que o principal objetivo nosso é investir na categoria de base. Você trabalhar com o jovem para jogar já o campeonato profissional é muito interessante” conta.

Jogadores da região devem formar boa parte do elenco do clube: “O foco nosso é trabalhar a categoria de base, a formação do atleta. Queremos resgatar todos os garotos da região que pudermos pra desenvolver o talento e trabalhar para ser um futuro atleta profissional do PAFC. Vamos estar olhando os campeonatos regionais, como Copa COE, e outros campeonatos para jovens, porque ano que vem a gente quer ter pelo menos de 10 a 15 atletas aqui de Pouso Alegre. Quanto mais atletas da região, mais identidade com o clube eles vão ter. Na década de 80 o PAFC foi formado só com atletas daqui e depois foi vindo de fora. O clube de interior tem que ser clube formador”, conta Paulo da Pinta.