Ambientalistas e representantes técnicos do Instituto Fernando Bonillo realizaram no domingo (13) uma expedição pelo Rio Mandú, no trecho que corta o município de Pouso Alegre. Com duas equipes, uma de caiaques, e outra em terra, eles coletaram as coordenadas geográficas de todas as contribuições indevidas de esgoto ao longo do rio.

A engenheira ambiental Marielle Rezende de Andrade ficou preocupada com a degradação ambiental do rio: “Foi impressionante conhecer o Rio Mandú de dentro pra fora. E foi também preocupante acompanhar a degradação ambiental do rio à medida que avança para dentro do município. São muitos os pontos de lançamento de esgoto ao longo da cidade, lixo, falta de vegetação ciliar, que comprometem ainda mais a qualidade da água”, afirma.

O geógrafo Christian Valias contou as dificuldades da expedição: “Essa expedição foi a primeira de muitas para conhecer e monitorar o Rio Mandú. Foi uma experiência incrível e triste ao mesmo tempo, ver de perto tudo que as pessoas não percebem por fora. A remada foi difícil, porque além do rio estar muito baixo, também tivemos que tomar muito cuidado, pois o risco de contaminação era grande. É assustador ver a situação de abandono que o rio está. Mas também o contato próximo traz muito ânimo para continuar a luta pela recuperação das águas do Mandu”, comenta o geógrafo.

Para Diego Toledo, presidente do Instituto, as manchas de óleo e a falta de mata ciliar chamaram a atenção: “A mancha de óleo próximo à ponte da Av. Airton Senna foi algo que me chamou muita atenção, além do triste cenário às margens do rio e a falta de mata ciliar”, salientou.

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