Coletiva reuniu Ministério Público e as polícias militar e civil (Foto: PousoAlegrenet)

Promotores e Policiais explicaram nesta quarta-feira (30) as ações realizadas em Pouso Alegre durante a greve dos caminhoneiros. Um comitê foi formado por Ministério Público Estadual e Federal, Polícia Militar, Civil e Rodoviária, e o 14ºGAC, para definir ações no período.

Um dos pontos abordados foi o aumento abusivo de preços realizado por proprietários de postos no início da greve. O promotor de justiça do Ministério Público Estadual, Márcio Henrique Mendes, pede que população comunique essas casos ao MP ou a PM:

“Há uma fiscalização por parte do MP. É importante que a população saiba que qualquer notícia de eventual abuso pode ser comunicado diretamente ao MP e a PM. Isso pode caracterizar uma infração administrativa que gera uma multa alta, e pode caracterizar um crime contra a economia popular, e a pessoa pode inclusive ser presa em flagrante delito” disse.

O delegado regional da Polícia Civil, Renato Gavião disse que obteve notas fiscais e que avaliará a viabilidade de instaurar um inquérito policial contra donos de postos de combustível:

“Foi captado notas fiscais em alguns postos. Notou-se que era R$ 4,77 na quinta-feira antes da crise, e na sexta-feira foi para R$ 5,10. Pedimos a nota fiscal de um mês para verificar se houve ou não o abuso. Não foi um aumento exorbitante, mas foi significativo. Vamos avaliar com o MP a viabilidade ou não de instaurar um inquérito policial em cima. Aproveitou-se da situação, mas não foi para R$ 8 como em Belo Horizonte por exemplo”.

Outro tema abordado foi a escolta da Polícia a caminhões. Segundo o comandante da 17ª Região da PM, Tenente Coronel Luciano Vivas, a Polícia Militar atendeu 80 solicitações de escoltas de cargas na Fernão Dias, e que agora cargas já estão chegando sem escoltas.

Sobre a prisão de três pessoas após explodirem uma bomba em um posto de combustível, o comandante da PM explicou que não é admissível esse tipo de atitude: “As pessoas começaram a extrapolar os seus direitos de manifestação. Em um local carregando combustível, não é admissível que se arremesse bombas, artefatos explosivos, e que se tente impedir as outras pessoas que querem adquirir o combustível”.  E avalia: “Se não houvesse a intervenção da polícia, teríamos o confronto das pessoas que queriam o combustível, com aquelas que queriam impedir”.