A Polícia Civil de Mogi Guaçu, interior do estado de São Paulo descartou a participação de três homens no ataque ao banco em Pouso Alegre. Eles foram presos pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Mogi na tarde de ontem numa chácara que fica no bairro Ouro Preto.

A prisão foi registrada em um vídeo gravado por um dos guardas. Nas imagens é possível ver pelo menos cinco viaturas da Guarda e uma viatura da Polícia Civil, além dos três homens sentados no chão.

No vídeo, o guarda diz que: “a princípio, QRU do roubo de Pouso Alegre. Três elementos detidos”. QRU é uma sigla que significa ‘mensagem urgente’. Segundo o guarda, com eles foi encontrado um rádio de comunicação.

Durante a abordagem, a Guarda Civil foi verificar a documentação de uma Duster e de uma Hillux que estavam com os homens. Os carros com placas de Araraquara e Belo Horizonte apresentaram evidências de veículos clonados e acabaram apreendidos.

A partir da evidência, a GCM teria levantado a suspeita de que os homens pudessem ter participado do assalto à Caixa Econômica em Pouso Alegre, como relatado no vídeo. Os três homens foram presos e levados para a Delegacia.

Eles foram ouvidos pelo delegado Antônio Aparecido de Souza, que também comandou a investigação para apurar a suposta participação do trio no crime: “foram levados para apuração dos fatos e será instaurado inquérito em Mogi Guaçu para a posse dos veículos que estavam com eles”.

Durante a tarde, policiais de Pouso Alegre foram até Mogi Guaçu para participarem da apuração enquanto outras equipes realizavam rastreamento e trabalhavam no local.

A suspeita também foi considerada pela Polícia Militar de Pouso Alegre: “Foram encontrados com eles, dois veículos com placas clonadas, sendo um deles com placas de Belo Horizonte. Os automóveis encontrados com eles não participaram diretamente, pode ser que os criminosos tiveram participação indireta”, explicou o Coronel Oterson Luis Nocelli em entrevista ao PousoAlegrenet.

De acordo com o delegado, durante o depoimento, um deles disse que é natural de Mogi Guaçu e que mora na chácara onde ocorreu a prisão. Ele alegou que estava recebendo os dois amigos em casa e que estariam na cidade à negócios. A dupla é natural do Paraná e afirmou a Polícia que são comerciantes.

A hipótese de participação no assalto só foi efetivamente descartada às 23h30, hora em que as investigações foram concluídas e os três homens foram liberados, já que não foi possível comprovar a origem ilícita dos carros ou se são de fato, produtos de crime.

De acordo com o delegado, “todas as diligências preliminares na tentativa de levantar alguma relação deles com o crime de Pouso Alegre foram feitas e não restou nenhuma prova do envolvimento deles”.

A Polícia Civil de Mogi Guaçu colheu as digitais dos três homens para cruzar com as digitais deixadas no local do crime, nas investigações futuras. A Polícia do estado de São Paulo também continuará investigando o caso.