Complexo esportivo ficou totalmente destruído com vendaval (Foto: Prefeitura)

A prefeitura de Pouso Alegre propôs uma ação na justiça contra a construtora do complexo esportivo do Cidade Jardim, que desmoronou em um temporal em 2017, pouco tempo após sua inauguração.

A construtora Santos Bertoldo Ltda, é de José Antônio dos Santos, pai dos políticos André Prado (PV), vereador de oposição, e Raphael Prado (PV), ex-secretário na gestão Perugini (PT). A obra foi feita pela Construtora com recursos do Governo do Estado, durante a gestão Pimentel (PT).

Após o desmoronamento, a prefeitura reconstruiu o complexo com recursos do próprio município. Por isso, a prefeitura quer que a empresa ressarça R$ 491 mil gastos na reconstrução.

Quadra do cidade jardim foi reconstruída (Foto: Prefeitura)

A Prefeitura alega que laudos periciais apontam diversas falhas na construção do complexo esportivo entregue pela Santos e Bertoldo. A conclusão, segundo a prefeitura, é de que a obra foi feita com graves erros de cálculo na estrutura, o que ocasionou o seu desmoronamento pouco tempo depois de entregue. Ainda conforme a prefeitura, a construtora se negou a reparar o erro e arcar com a responsabilidade.

O outro lado

Procurada, a Construtora Santos e Bertoldo Ltda enviou nota dizendo que uma questão política impediu a reparação dos danos. Confira a nota completa:

Em relação ao colapso da cobertura da quadra no Cidade Jardim, a Construtora Santos e Bertoldo Ltda esclarece:

– Foram realizadas perícias por quatro peritos (um do juiz, um assistente da prefeitura e dois assistentes da construtora) e nenhum deles chegou a uma conclusão definitiva até o momento;

– A construtora buscou soluções para reparação dos danos mesmo sem a definição de responsabilidade, às suas próprias custas, mas não foi aceita pela prefeitura;

– Foi contratado novo projeto pela prefeitura, o que pode indicar falha no projeto inicial (feito pela CONEPP de Belo Horizonte), o que pode indicar falha no projeto original;

– A obra ainda não foi paga, sendo a Construtora credora de aproximadamente 800 mil reais com ação de cobrança ajuizada na justiça.

– O problema que impediu os acertos para a reparação dos danos é político.