Messias Morais foi preso na operação Capina (Foto: Arquivo / Tvuai)

Preso pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) na sexta-feira (14), o Ex-secretário de Finanças da gestão Agnaldo Perugini (PT), Messias Morais, não irá cumprir a prisão temporária no presídio.

Uma audiência de custódia nesta segunda-feira (17) definiu que Messias Morais irá cumprir prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica.

A decisão se baseia em Messias Morais ser advogado registrado na OAB, tendo direito a uma sala de Estado Maior. Sem disponibilidade de sala, ele ficará preso em casa com tornozeleira eletrônica.

Messias é registrado na OAB (Foto: Arquivo OAB)

Após passar a noite na delegacia, Messias obteve um alvará de soltura e voltou para casa no sábado (15), pouco mais de 12 horas após sua prisão.

Messias é investigado na Operação Capina, que apura desvios milionários na prefeitura de Pouso Alegre. Segundo o Ministério Público informou em fase anteior, verbas eram desviadas de pastas como a saúde para a contratação de serviços de Capina da empresa Plenax.

Ainda conforme o MP, há indícios de que os serviços sequer foram prestados, e de crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, e outros. O montante desviado chegaria a quase R$ 14 milhões.

Os donos da Plenax, José Floriano e Igor Pacheco Floriano, pai e filho, foram presos preventivamente e atualmente estão em liberdade com tornozeleira eletrônica.

O advogado de Messias, Leandro Reis, enviou a seguinte nota com o posicionamento de seu cliente. “O professor Messias Morais recebeu com indignação a ordem de prisão preventiva, uma vez que entende que não incorreu em nenhum dos motivos autorizadores para sua decretação. No mais é o que tem a se manifestar uma vez que ainda não foi cientificado e não tem conhecimento das razões que ensejaram a referida medida”, informou em nota.

Quem era Messias no governo Perugini

Messias Morais era homem forte dentro do governo Perugini. Uma das principais cabeças do Partido Verde (PV), principal grupo de apoio ao governo Perugini, Messias tinha tanta influência na prefeitura que era chamado de ‘Prefeito Messias’ no plenário da Câmara.

Caixa Preta

A investigação aconteceu após provocações do atual prefeito Rafael Simões (PSDB) , que prometeu em campanha abrir a “caixa preta” da prefeitura. Uma denúncia foi feita pelos vereadores da base, e a Câmara formou uma comissão para apurar as supostas irregularidades. A investigação da Câmara foi enviada ao MP, dando início a operação.

Messias já foi condenado por outros crimes

Recentemente, Messias foi condenado por falsificar documentos para assumir cargos de professor de história na rede municipal de ensino. Ele havia sido condenado a prisão na esfera criminal, mas o caso prescreveu. Na esfera civil, ele terá que devolver R$ 120 mil aos cofres públicos.