Messias Morais foi preso na operação Capina (Foto: Arquivo / Tvuai)

Preso na tarde desta sexta-feira (15), o Ex-secretário de Finanças de Pouso Alegre durante a gestão Perugini não chegou a ser levado para o presídio. Messias Morais passou a noite na delegacia, e obteve um alvará de soltura. Ele saiu de delegacia pela manhã e ficou pouco mais de 12 horas preso na delegacia.

Segundo o advogado de Messias, Leandro Reis, o alvará foi expedido pelo juiz de plantão da 3ª Vara Criminal de Pouso Alegre, Selmo Sila de Souza, as 3h da madrugada.

Messias voltou para casa, e permanece em liberdade até uma nova decisão da justiça. Uma audiência de custódia deve acontecer nesta segunda-feira (17).

Foto: PousoAlegrenet

O mandado de prisão foi cumprido na casa de Messias, de onde foi levado para a delegacia de Polícia Civil, para depois ser levado para o presídio.

Para não ser filmado, antes de chegar a delegacia, Messias saiu da viatura da PM e entrou no carro de seu advogado, que tinha vidros escuros, e o deixou na porta dos fundos da delegacia.

Para não ser filmado, antes de chegar a delegacia, Messias saiu da viatura da PM e entrou no carro de seu advogado, que tinha vidros escuros, e o deixou na porta dos fundos da delegacia (Foto: PousoAlegrenet)

Por meio de nota, o advogado de Messias, disse que o cliente estava indignado pois, segundo ele, não incorreu em nenhum dos motivos autorizadores para decretação da prisão preventiva.

Messias é investigado pelo Ministério Público Estadual por participação em supostos desvios de verbas na prefeitura entre 2014 e 2016, na gestão Agnaldo Perugini (PT). Uma das principais lideranças do Partido Verde (PV), principal apoiador do governo Perugini, o Ex-secretário era comumente chamado de prefeito Messias, tamanha sua influência dentro da prefeitura na época.

Em dezembro, os donos da empresa Plenax foram presos preventivamente na mesma operação, chamada de ‘Capina’. Segundo o MP, verbas de pastas como a saúde eram desviadas para serviços de Capina, onde haveria indícios de que o serviços não foram sequer prestados.

Segundo o MP na época, havia indícios de fraude em licitação, lavagem de dinheiro e outros crimes. Os devidos chegariam a quase R$ 14 milhões.

A investigação aconteceu após provocações do atual prefeito Rafael Simões (PSDB) , que prometeu em campanha abrir a “caixa preta” da prefeitura. Uma denúncia foi feita pelos vereadores da base, e a Câmara formou uma comissão para apurar as supostas irregularidades. A investigação da Câmara foi enviada ao MP, dando início a operação.

Messias já foi condenado por outros crimes

Recentemente, Messias foi condenado por falsificar documentos para assumir cargos de professor de história na rede municipal de ensino. Ele havia sido condenado a prisão na esfera criminal, mas o caso prescreveu. Na esfera civil, ele terá que devolver R$ 120 mil aos cofres públicos.