O deputado federal licenciado Bilac Pinto não é mais o secretário de governo de Minas Gerais. Ele deixou o cargo após o governador Romeu Zema reduzir de 41 para 13% a recomposição salarial dos policiais mineiros.
Bilac disse entender os motivos do veto de Zema [adesão ao regime de recuperação fiscal] , mas destacou que ajudou a negociar o valor de 41% e que a decisão do governador tirou as condições dele de, diante do atual cenário político, continuar a conduzir as negociações com o parlamento estadual.
Segundo o governo de Minas, o veto veio após o Ministério da Econômica afirmar que o reajuste de 41% inviabilizaria a adesão do estado ao regime de recuperação fiscal, necessário para tirar o estado da grave crise financeira que se encontra. O valor também foi criticada pelo governador de São Paulo, João Dória, e pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Bilac deixou o cargo sete meses após assumi-lo. Na época, sua nomeação foi comemorada por muitos políticos do Sul de Minas, inclusive pelo prefeito Rafael Simões, que tem Bilac como grande aliado.
Além da saída de Bilac, o vice-governador Paulo Brant se desfiliou do Partido Novo devido à decisão de Zema. Segundo ele, Zema optou zelar pelo programa partidário ao invés da governabilidade.