A Câmara de Pouso Alegre aprovou em sessão extraordinária nesta segunda-feira (9) as contas do ano de 2015 da administração Agnaldo Perugini, do PT.

O ano de 2015 é um dos três anos em que, segundo investigação do Ministério Público, existe indícios de desvios de verbas que chegam a R$ 14 milhões. O secretário de finanças da época, Messias Morais, chegou a ser preso na operação no mês passado. Os desvios também foram apontados pelo Denasus, e a prefeitura teve que restituir as verbas.

Baseado em índices, o Tribunal de Contas, em sua maioria, deu um parecer prévio favorável as contas de 2015, porém com ressalvas. Cabia a câmara aprovar ou não esse parecer prévio.

O relatório da Comissão de finanças da Câmara, composta pelos veradores Leandro Morais, Bruno Dias, e Oliveira Altair, pediram a rejeição desse parecer e das contas de 2015 do ex-prefeito Agnaldo Perugini.

Para isso, precisavam que dos 15 vereadores, 10 votassem a favor do relatório. Só que 4 veradores faltaram: Adriano da Farmácia, Padre Dionísio Pereira, Dr. Edson, e Rafael Aboláfio não compareceram na sessão.

O relator da comissão Bruno Dias, criticou o número de ausências: “Me admiria presidente, que aja hoje nesta casa essa quantidade de ausências. Acho que é a primeira vez nesses quatro anos que a gente vai ter uma quantia tão grande de ausência de vereadores”, disse Bruno.

Dos 11 veradores presentes, 4 ainda votaram a favor das contas de Agnaldo Perugini em 2015. Foram eles: os veradores André Prado, Campanha, Dito Barbosa, e Wilson Tadeu Lopes.

Um dos que votou favorável as contas do ex-prefeito foi o verador Dito Barbosa: “Quem tem a técnica e sabe analisar é o tribunal de contas. Além disso está na justiça, e quem sabe julgar e vai julgar é a justiça”, defendeu Dito.

Pela rejeição das contas, votaram Arlindo da Motta Paes, Bruno Dias, Leandro Morais, Odair Quincote, Oliveira Altair, Professora Mariléia, e o presidente da Cãmara, Rodrigo Modesto.

O prefeito Agnaldo Perugini falou por telefone com o PousoAlegrenet, e agradeceu a aprovação dos vereadores: “Agradeço a compreensão daqueles vereadores que votaram junto com o Tribunal de Contas. É importante para o município se desenvolver que as contas de todos os prefeitos sejam aprovadas, como foram as minhas contas”, disse Perugini.

Já Oliveira Altair não concordou com a decisão: “A gente fica triste. Se houve prisões, tem coisa errada, porquê aprovar? É lamentável o desvio do dinheiro público. A Câmara está aqui para fiscalizar, e hoje, como diz o Bruno Dias, foi um fracasso”, reclamou.