Foto: Arquivo PousoAlegrenet

O PousoAlegrenet conversou com o agora ex-técnico do Pouso Alegre Futebol Clube, Rogério Henrique. Segundo o técnico, seu pedido de demissão nesta sexta-feira (28) se deve uma série de fatores.

O Borda-matense encerrou um ciclo vitorioso no Pouso Alegre. Foram 23 jogos oficiais, nenhuma derrota, e o título de campeão da Segunda Divisão do Mineiro. Deixa o Pouso Alegre na liderança isolada do Módulo 2, competição que já venceu em 2017 comandando a Patrocinense.

Rogério Henrique, o auxiliar Diego Paulista, e crianças (Foto: Redes Sociais)

Sem acordo e com propostas

Rogério explicou que assim como os jogadores, estava sem contrato desde maio, e recebendo a ajuda de custos do governo. Com o anúncio do retorno da Módulo 2, ele e o clube voltaram a conversar, mas não houve um acordo. Rogério também recebeu propostas de outros clubes.

“A gente vem conversando há alguns dias desde que houve a noticia do retorno pra acertar financeiramente essa volta. Haja vista que quando parou ficamos recebendo ajuda de custos pelo governo. E nessa volta não houve um acordo financeiro entre a gente e o clube.”

“A gente entende a situação do clube, da pandemia, não está fácil pra ninguém né. É difícil pro clube também. Não é a parte financeira que pesa. Temos outros convites e situações. E nesse momento, amigavelmente e com todo o respeito, é bom que fique claro, a gente decidiu que ia seguir pra outros projetos. Entendendo a situação do clube, a gente viu que para se adequar ao padrão financeiro que o clube estava propondo a gente achou que deveria ser outro profissional, outra comissão pra continuar esse trabalho. Perdeu-se muito com esses cinco seis meses de paralisação. Todos nós fomos prejudicados financeiramente.”

Rogério comemora título (Foto: PAFC)

“Já temos algumas outras situações [propostas] desde quando parou. Mas estávamos levando em conta o fator de já ter um conhecimento, uma história no clube, um clube que paga em dia, tem uma torcida fanática, uma estrutura muito boa. A gente já conhece o elenco e toda a metodologia de trabalho no clube. Facilitava muito pra nós, e deixamos de lado essas outras situações. A partir do momento que não chegamos a um acordo com a diretoria aqui, a gente abriu conversas com outras equipes. Não temos nada fechado ainda.”

Também eu não posso ficar enrolando o clube. ‘Ah, me dá mais uma semana’. Já está na boca do gol pra fazer apresentação. Não dá pra ficar enrolando. Ou e, ou não é. Então ‘presidente, dá pra fazer isso aqui?’, ‘Olha não vai dar, infelizmente é difícil pra nós’. Tudo bem. Vamos seguir cada uma para o seu lado, com amizade, respeito, deixando um legado importante pro clube, e espero eu com as portas abertas, que a gente pretende voltar.”

Ciclo vitorioso e torcida pelo Pousão

É apenas um ciclo, não é o fim da história. Foram 23 jogos oficiais a frente do clube, graças a Deus sem nenhuma derrota. Deixamos o clube com 23 jogos de invencibilidade, 89% de aproveitamento, que é o maior aproveitamento do Brasil, e o principal, com a maior invencibilidade do futebol Brasileiro. É um ciclo que se encerra. Daqui a pouco se inicia um outro. E seguimos todos nós torcendo pelo Pouso Alegre.

Perspectiva para o Pouso Alegre

“Mantem-se uma base muito boa, e as contratações que estão sendo cogitadas são muito boas. São pra reforçar mesmo o time. Com certeza com o trabalho que o clube tem, com o trabalho da diretoria que é sério, o clube continua sem dúvida nenhuma como um dos postulantes do acesso, e porquê não, favorito.