Foto: Reprodução

Ao invés de mais vacinas contra a Covid, o que a prefeitura de Itajubá anunciou nesse final de semana foi a disponibilização de remédios para ‘tramento precoce’, sem comprovação cientifica e largamente criticados pelos orgãos de saúde.

A polêmica medida começará a valer na próxima segunda-feira (15). O anúncio foi feito neste sábado (13) pelo prefeito de Itajubá, Christian Gonçalves (DEM), e tem sido muito criticada nas redes sociais. “Nós queremos vacina e não remédio que não tem comprovação científica”, criticou a funcionária pública Maria Helena de Almeida.

Entre os medicamentos estão a Vitamina D, o mineral Zinco, e a Ivermectina, usada contra vermes, parasitas e piolhos. 4 dias atrás, O FDA, agência sanitária americana, emitiu um alerta contra o uso da Ivermectina em casos de Covid. A OMS, a Sociedade Brasileira de Infectologia,e a Anvisa também são contra.

Diretor do Hospital de Itajubá é contra tratamento precoce (Foto: Reprodução EPTV)

A decisão também contraria a diretoria do Hospital das Clínicas de Itajubá, que sofre com a superlotação: “Os pacientes chegam tardiamente. Eles ficam se tratando em casa com medicações que não tem evidência nenhuma e existe a falsa sensação de que estão sendo tratados. Então, eles chegam aqui em péssimas condições. O que eles precisam é de assistência e orientação precoce, e não medicação precoce. Pra ele quando tiver que ser internado, ser internado na hora certa. E não chegar aqui na fase 3, necessitando ser entubado, com ventilação assistida. Porque daí nós sabemos que é tragédia anunciada”, afirmou Carlos Magno.

A falsa sensação de tratamento também preocupa profissionais de saúde da região. Nesse sábado mesmo, uma mulher que estava fazendo o ‘tratamento precoce’ foi entubada em Pouso Alegre.